CRIME

RACISMO DO BEM: SINJOR é acusado de  praticar racismo contra jornalista 

As agressões teriam ocorrido na própria sede do sindicato pelo atual presidente, Vito Gemaque, e pela tesoureira, a jornalista Carolina Pombo

A Associação Internacional dos Jornalistas da Amazônia (AIJAM) emitiu uma nota de repúdio no último sábado (4) em relação a um ato de preconceito racial ocorrido na sede do Sindicato dos Jornalistas do Pará (Sinjor).

A vítima, o repórter cinematográfico Mauro José dos Reis Araújo, popularmente conhecido como “Mauro Black”, relatou ter sido alvo de agressões verbais que incluíram palavras ofensivas, preconceituosas e de baixo calão. Os responsáveis por esses atos teriam sido o atual presidente do Sinjor-PA, Vito Gemaque, e a tesoureira do sindicato, a jornalista Carolina Pombo.

Ambos os envolvidos fazem parte da chapa 02 “Sempre na Luta,” que está concorrendo nas eleições do sindicato, programadas para o próximo dia 20 deste mês, contra a chapa 01 “Renova SINJOR”

A nota:

Em nota a Associação  classificou como lamentável o ocorrido e ressaltou a gravidade da situação uma vez que “os agressores são dois jornalistas que, via de regra, deveriam respeitar a raça e etnia de seus sindicalizados”.

Mais afrente afirmou que este tipo de atitude envergonha a categoria e demonstra o desespero e despreparo daqueles que não aceitam discutir ideias contrárias de forma civilizada. 

Leia a nota na íntegra:

A Associação Internacional dos Jornalistas da Amazônia – AIJAM, REPUDIA, com veemência a violência e o preconceito racial praticado contra o jornalista Mauro José dos Reis Araújo, o “Mauro Black”, pelo atual presidente do Sindicato dos Jornalistas do Pará, Vito Gemaque e pela tesoureira da entidade, Carolina Pombo, episódio lamentável, ocorrido dentro da sede do Sinjor-Pa. Na tarde desta sexta-feira, 03, Mauro Black, na sua condição de negro, foi agredido verbalmente, com graves denúncias e palavras de baixo calão, por dois jornalistas que compõem a diretoria de um sindicato que deveria respeitar os direitos de seus filiados, bem como de qualquer cidadão.

A Aijam, associação que defende verdadeiramente seus associados, jamais vai se omitir diante de posicionamentos com claro preconceito de raça, contra um jornalista que sempre trabalhou de forma honesta e honrada. A situação se apresenta ainda de forma mais grave porque os agressores são dois jornalistas que, via de regra, deveriam respeitar a raça e etnia de seus sindicalizados.

É inadmissível que nos dias atuais ainda existam pessoas que, por puro desespero e despreparo, não aceitem ideias contrárias às suas, partindo para agressão gratuita, o preconceito de raça e a ameaça. Atitudes como estas, partindo de um presidente de sindicato de jornalistas, envergonha a categoria e abre lacuna para os reais interesses de um grupo político que tomou de assalto o Sindicato dos Jornalistas do Estado do Pará.

É patente que os jornalistas do Pará estão atentos para discursos hipócritas e vitimistas, com a clara intensão de enganar os sindicalizados e perpetuar o poder de uma meia dúzia, que se diz defensora da classe trabalhadora, mas que ganha altos salários na prefeitura de Belém, enquanto a esmagadora maioria recebe vencimentos de pouco mais que um salário mínimo. Fica aqui portanto registrado nosso repúdio à violência praticada contra um jornalista negro, cujos algozes navegam na hipocrisia, se dizendo defensora da classe trabalhadora, mas que está “SEMPRE NA LUTA” por interesses escusos que destoam dos anseios da categoria.

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