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SeMOB inicia retomada gradual do transporte público em Belém

Na segunda-feira, 1 de junho, com a publicação do decreto municipal que prevê a retomada gradual de alguns setores da economia na capital paraense, o sistema de transporte público que atende Belém também começou a passar por ajustes. Essa adequação à nova demanda veio sendo tomada desde o fim do lockdown e continuará de forma progressiva até a normalidade total do sistema.

Com o fim do lockdown a determinação da Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém (SeMOB) foi para que as empresas voltassem a ter como base os 50% da frota para observar como se comportaria a demanda, se para mais ou para menos, e fazer as adaptações necessárias.

Na primeira segunda-feira pós-lockdown, por exemplo, essa frota de 50% ganhou um incremento de 5% em determinados horários, para atender a demanda. Já nesta segunda-feira, a frota subiu para 65%. 

Horário de pico – Além do aumento da oferta de ônibus, com a retomada gradual de setores da economia, a SeMOB iniciou algumas mudanças na dinâmica do transporte público. Uma delas é uma ampliação do horário de pico das linhas, que passa a atender ao novo horário do setor de comércio das 9h às 17h como determina o decreto municipal.

“O comércio é um dos maiores polos geradores de demanda para o transporte coletivo, e com o início das atividades mais tarde, às 9h, e o encerramento mais cedo, às 17h, esperamos que as lojas façam essa entrada de colaboradores escalonada para evitar uma demanda concentrada nos ônibus”, avalia Gilberto Barbosa, superintendente da SeMOB.

“Isso, somado ao escalonamento de outros setores econômicos, faz com que não haja necessidade de horários críticos, porque se dilui essa demanda por um horário de pico mais ampliado”, justifica Gilberto.

Escalonamento – Esse escalonamento já pôde ter seus reflexos observados na segunda-feira, 1. A diretoria e fiscais da SeMOB passaram o dia percorrendo os principais pontos de demanda por transporte público e não houve flagrante de nenhum ônibus com superlotação. Apenas em pontos de parada de grandes corredores de tráfego foram observados volumes maiores de passageiros.

“Isso é um movimento natural, porque em grandes corredores como Augusto Montenegro e Almirante Barroso as paradas de ônibus atendem a várias linhas e passageiros com desejos de viagem com destinos bem variados também. Nos demais pontos da cidade ainda se registrou uma baixa demanda pelo transporte público”, detalha o superintendente da SeMOB. 

“A SeMOB está monitorando o sistema e chamando as empresas para readequar a quantidade de ônibus de acordo com a demanda. Tivemos uma diminuição de passageiros que chegou a 80% e a ordem agora é observar e atender a nova demanda”, frisa o prefeito de Belém, Zenaldo Coutinho.

BRT – Conforme portaria publicada pela SeMOB, o Sistema BRT Belém ainda se manterá suspenso pelo menos até o próximo dia 14 de junho, quando será feita nova avaliação. “Apesar da retomada de alguns setores econômicos, é preciso compreender que o sistema BRT Belém, pelo seu formato, vai de encontro às determinações sanitárias atuais de evitar aglomerações em ambientes fechados, o que é inerente ao funcionamento de estações e terminais, e também a ficar em ambientes refrigerados fechados, como são os ônibus articulados BRT, por isso não há possibilidade de retomada do sistema ainda”, justifica Gilberto Barbosa.

Com o sistema suspenso, além dos ônibus BRT Belém estão suspensas as linhas alimentadoras, e os ônibus troncais continuam circulando fora da canaleta em linhas convencionais, começando o itinerário desde a origem nos bairros do Paracuri I e Paracuri II, em Icoaraci, e no bairro da Brasília, em Outeiro, até o centro de Belém. 

Redução – Desde o início da pandemia, a frota veio sendo reduzida para se adaptar à queda significativa no número de passageiros – antes da pandemia o sistema era utilizado por 1 milhão de passageiros por dia, demanda que chegou a cair 72% antes do lockdown e, durante esse período, atingiu a maior queda para 80%.

Para se adaptar a essa redução de passageiros, manter a mínima viabilidade econômica das empresas prestadoras do serviço e desestimular a circulação de pessoas em especial a áreas como Mosqueiro e Outeiro, antes do lockdown a frota chegou a reduzir em 50%, e no lockdown baixou a 40%.

Fonte: Agência Belém de Notícias

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