Mudanças no comando do Batalhão de Rondas Ostensivas Táticas Motorizadas (Rotam). O comandante e o subcomandante foram exonerados em razão dos excessos nas comemorações por conta da revogação da prisão preventiva de quatro militares da Rotam acusados de estupro.
A comemoração dos militares foi registrada, em vídeo, e ocorreu no quartel da Rotam, em Belém, no dia 19 deste mês. Segundo a Promotoria de Justiça Militar, os policiais se reuniram para comemorar a soltura de agentes presos pela acusação de envolvimento em crimes de estupro e tortura.
Ainda de acordo com o promotor de Justiça Militar, Armando Brasil, a Promotoria vai analisar a possibilidade de pedir o afastamento de toda guarnição que participou deste ato.
O comandante geral da Polícia Militar, Dilson Júnior, exonerou o tenente coronel Fábio Alex Corrêa Barra da função de comandante da Rotam. E o nomeou para o comando do 10º Batalhão de Polícia (Icoaraci). Também exonerou o tenente coronel Adilson Tavares de Aquino do comando de Batalhão de Polícia de Choque (Belém), nomeando-o para exercer a função de comandante do Batalhão de Rondas Ostensivas Táticas Motorizadas
Exonerou, ainda, o 1º tenente Jefferson Adriano Lima e Silva da função de comandante da 2ª Companhia Orgânica do Batalhão de Rondas Ostensiva Táticas Motorizadas e o transferiu para o Departamento Geral de Pessoal (Icoaraci). Também exonerou o major Samir do Nascimento Hejaij da função de subcomandante do Batalhão de Rondas Ostensivas Motorizadas e o nomeou para a chefia da Divisão de Ensino do Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças (Cefap).
E exonerou, ainda, o major Helton Pinheiro da Rocha da função de comandante da 2ª Companhia Orgânica do Batalhão de Operações Especiais e o nomeou para exercer a função de subcomandante do Batalhão de Rondas Ostensivas Táticas Motorizadas. As portarias são datadas do dia 22 deste mês.
Os quatro agentes da ROTAM foram presos sob acusações de tortura e estupro contra uma jovem de 18 anos, que alega ter sido violentada pelos militares no mês de julho, em Ananindeua, na Grande Belém. Estas acusações são investigadas em sigilo.



