Belém entrou no centro da polarização política que divide o Brasil nos últimos anos. Com a proximidade da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), que será realizada em novembro de 2025, a capital paraense passou a ser alvo de críticas de veículos de comunicação alinhados ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
A COP30 é vista pelo governo Lula como uma oportunidade de colocar o Brasil no centro dos debates ambientais globais e de atrair investimentos internacionais para a proteção da Floresta Amazônica. No entanto, problemas estruturais de Belém têm sido explorados por plataformas conservadoras, como a Revista Oeste, que têm publicado matérias questionando a capacidade da cidade de sediar o evento.
Uma das informações veiculadas pela revista sugeria, sem provas concretas, que embaixadas europeias estariam pressionando para transferir a COP30 de Belém para outra cidade, sob alegações de falta de infraestrutura. A notícia, baseada em fontes não identificadas, foi desmentida pelo governo federal e pela embaixada da França.
Desde então, a Revista Oeste tem publicado uma série de textos com tom sensacionalista e crítico em relação à capital paraense e à realização do evento na Amazônia. Além das críticas da imprensa conservadora, há também pressões políticas de setores do Sudeste que, segundo analistas, prefeririam que a conferência ocorresse em uma capital dessa região, tradicionalmente mais favorecida em investimentos e visibilidade.
Apesar das críticas, os governos federal, estadual e municipal mantêm o compromisso de realizar a COP30 em Belém. As autoridades defendem que a cidade está sendo preparada para receber o evento e que a conferência trará investimentos estruturais duradouros, além de posicionar a Amazônia no centro das discussões climáticas globais.
A expectativa é que a COP30 reúna mais de 40 mil participantes, entre líderes mundiais, ambientalistas e representantes da sociedade civil, consolidando Belém como um importante polo de debates ambientais e fortalecendo a economia local.



