
A prefeitura de Belém anunciou, nesta terça-feira (18), a criação do programa Belém Animal, com o objetivo de reestruturar o Hospital Veterinário Municipal Dr. Vahia e o Centro de Controle de Zoonoses. A medida inclui a ampliação dos serviços veterinários e a melhoria da infraestrutura das unidades.
O programa prevê ações como castração, vacinação e consultas em diferentes regiões da cidade, contemplando animais das ilhas e do centro urbano. Segundo a prefeitura, a iniciativa busca atender a demanda reprimida e oferecer suporte veterinário à população de baixa renda.
Legislação e acesso a serviços
Em janeiro deste ano, a gestão municipal sancionou a Lei nº 10.126, que garante o fornecimento de alimento e água para animais em situação de rua, incluindo cães e gatos comunitários. A legislação, aprovada pela Câmara Municipal de Belém, reforça o compromisso da administração com a causa animal.
O Hospital Veterinário Municipal Dr. Vahia, atualmente, realiza cerca de 120 atendimentos diários, mas poderia alcançar 200 se estivesse operando com plena capacidade. Equipamentos como a máquina de raio-X estão inoperantes desde o ano passado, e exames laboratoriais não são realizados por falta de aparelhos específicos.
O hospital oferece serviços nas áreas de doenças infectocontagiosas, traumas, obstetrícia, dermatologia, reprodução, oncologia e clínica geral, além de atendimentos de urgência para casos como obstrução uretral, convulsões, intoxicações e ferimentos graves.
Melhorias na estrutura
Durante o anúncio do programa, o prefeito da cidade, Igor Normando (MDB), enfatizou a necessidade de modernizar o hospital e ampliar o atendimento.
“O Hospital Veterinário deveria ter a capacidade de atender 200 animais e hoje está atendendo 100, ou seja, a metade da capacidade. Nós temos aqui aparelhos sucateados e falta de insumos”, afirmou o prefeito.
Ele destacou que o programa visa atender animais em situação de vulnerabilidade. “Nossa medida número 1 é fazer o Programa Belém Animal, que vai efetivamente atender os animais de rua, garantindo atendimento veterinário, vacinação e castração para evitar a superpopulação e os maus-tratos. Em médio prazo, vamos transferir o hospital para um local maior e mais estruturado, que atenda à demanda da cidade”, explicou.
O prefeito também mencionou que a Secretaria Municipal de Proteção e Defesa Animal (Sepda) e a Câmara dos Vereadores estão trabalhando para viabilizar a expansão dos serviços. Além disso, estudos estão em andamento para a criação de clínicas veterinárias descentralizadas, responsáveis pelo primeiro atendimento antes da triagem hospitalar.
Expectativa da população
Usuários do serviço avaliam que a reestruturação trará melhorias significativas. Noemy Rocha, moradora de Icoaraci, que leva sua cachorra Luna para consultas, afirmou que a ampliação do hospital será positiva. “O tratamento aqui é ótimo, eu não tenho o que reclamar. Já faz uns quatro meses que venho trazer a Luna, ela tem um nódulo na mama. Acredito que com a reforma do hospital vai ser muito melhor, porque agora não está funcionando o setor de exames de sangue. Estou feliz com a notícia que o hospital será reformado e ampliado”.
Joseane Moraes, residente em Mosqueiro, também ressaltou a importância do hospital para a população de baixa renda. “Eu nem sabia que tinha esse hospital, foi uma vizinha que me falou. A cirurgia dele é muito cara, e aqui vai ajudar muito, principalmente para a gente que não tem condições”, disse sobre o atendimento do cão Huck.
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