Prefeitura de Belém revela dívida milionária deixada por Edmilson Rodrigues

Nesta segunda-feira (24), a Prefeitura de Belém divulgou um levantamento sobre o passivo da Secretaria de Zeladoria e Conservação Urbana (Sezel), herdado da gestão do ex-prefeito Edmilson Rodrigues (PSOL). A análise foi solicitada pelo atual prefeito, Igor Normando, que, logo após assumir o cargo, determinou uma avaliação detalhada da situação financeira de cada secretaria.
De acordo com os dados apurados, a gestão anterior teria deixado uma dívida de R$ 284 milhões com fornecedores, considerada uma verdadeira “herança maldita”. Esse montante acumulado entre 2021 e 2024 estaria distribuído da seguinte forma:
- 79% para manejo de resíduos sólidos e limpeza urbana;
- 18% para drenagem, pavimentação e tapa-buracos;
- 3% para manutenção dos sistemas de macro e microdrenagem.
Um dos principais credores é a empresa Ciclus Amazônia, concessionária responsável pela limpeza urbana, que tem R$ 96 milhões a receber pelo contrato de coleta de resíduos sólidos. Segundo a secretária da Sezel, Thayta Martins, a prefeitura já iniciou negociações judiciais com a empresa e, até o momento, a nova gestão conseguiu quitar aproximadamente R$ 32 milhões da dívida.
Edmilson responde
A equipe do ex-prefeito contestou as alegações da atual gestão, afirmando que os contratos e pagamentos foram apresentados sem contestação à equipe de transição. Em relação ao contrato com a empresa Ciclus Amazônia, responsável pela limpeza urbana, a nota ressalta que os pagamentos foram efetuados regularmente e que a licitação seguiu todos os trâmites legais, com decisões judiciais e acompanhamento do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM). A gestão anterior defende que o contrato, firmado na modalidade Parceria Público-Privada (PPP) com duração de 30 anos, prevê investimentos nos primeiros cinco anos, incluindo a construção de um novo aterro sanitário.