Prefeitura de Belém construirá escola para o MST
A Prefeitura de Belém, em parceria com o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), irá construir uma escola voltada para o campo dentro de um assentamento em Belém. Após uma espera de 24 anos por uma unidade de ensino, a Coordenadoria de Educação do Campo, das Águas e das Florestas (Coecaf) da Secretaria Municipal de Educação (Semec) da cidade decidiu unir esforços com o MST para tornar esse projeto uma realidade.
A nova escola será construída no assentamento Mártires de Abril, localizado em Mosqueiro, em um terreno doado pela Associação dos Assentados do Mártires de Abril, com mais de 12 mil metros quadrados. Com o intuito de facilitar a interação entre professores e estudantes, a escola terá um formato de colmeia e contará com 12 salas de aula, quadra esportiva, sala de informática, biblioteca, redários, anfiteatro, refeitório e uma área destinada ao desenvolvimento da agricultura camponesa.
“A parceria com a prefeitura tem trazido muita alegria para o movimento. Sabemos que a reforma agrária só é possível com educação. Nessa construção da nova escola, dentro do assentamento, nós, do MST, somos protagonistas, tanto na construção quanto na elaboração da política pedagógica”, afirmou Waldomiro Machado, militante do MST.
A escola será denominada Escola Municipal de Educação Infantil e Fundamental (EMEIF) Paulo Freire e tem a expectativa de atender estudantes de três assentamentos em Mosqueiro: Mártires de Abril, Paulo Fonteles e Elizabete Teixeira. Além disso, crianças das comunidades do Sucurijuquara e Baía do Sol também serão beneficiadas, com a oferta de ensino em tempo integral.
Para a secretária municipal de Educação, Araceli Lemos, a construção dessa escola faz parte de uma política da Prefeitura de Belém voltada para o povo e demonstra o compromisso com a educação de qualidade, saúde para todos e inclusão. Ela ressalta que a equipe da Semec, composta por engenheiros, arquitetos e pedagogos, está empenhada em apresentar uma escola que seja adequada às necessidades do campo e valorize as atividades dos assentados.
A Coecaf vem trabalhando desde 2021 para a implantação dessa escola, com uma política pedagógica que busca valorizar as particularidades e demandas dos assentamentos. Segundo levantamento realizado pela coordenadoria, mais de 180 famílias residem nos três assentamentos contemplados pelo projeto. A construção da escola está prevista para iniciar ainda no segundo semestre deste ano.