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Políticos de Parauapebas acusam Helder Barbalho de priorizar Belém em investimentos estaduais

Município, que é sustentáculo das finanças do Governo do Estado e que contribui com bilhões em valor adicionado fiscal, vai receber míseros R$ 3 milhões como investimentos ano que vem. Por outro lado, Belém, além de concentrar parte da grana saída de Parauapebas, receberá “mimos” de R$ 778 milhões

Líderes políticos de Parauapebas acusam o governador Helder Barbalho de concentrar investimentos públicos em Belém, ignorando a importância econômica do município minerador. A discussão surgiu após a divulgação do projeto de Lei Orçamentária Anual (LOA) para 2025, que prevê apenas R$ 3,3 milhões em investimentos para Parauapebas, valor considerado ínfimo comparado à sua contribuição fiscal ao estado.

Parauapebas é uma das maiores geradoras de receita no Pará, com destaque para sua contribuição no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e na Compensação Financeira pela Exploração Mineral (Cfem). Mesmo assim, o orçamento de 2025 destina míseros R$ 1 mil para a construção de um muro no campus da Universidade do Estado do Pará (Uepa).

Em contraste, Belém, a capital do estado, está prevista para receber R$ 778 milhões em investimentos, grande parte atribuída à preparação para a COP 30, evento internacional de sustentabilidade. A desproporção entre os recursos destinados a Parauapebas e a capital gerou críticas de políticos e moradores da cidade, que se sentem prejudicados pela falta de reconhecimento e apoio do governo estadual.

Segundo informações do Blog do Zé Dudu, Parauapebas movimentou mais de R$ 30 bilhões em 2022 em mercadorias e serviços, o que gerou um elevado Valor Adicionado Fiscal (VAF), base para o cálculo do ICMS. No entanto, mudanças recentes na distribuição do imposto resultaram em uma queda expressiva no VAF do município, intensificando as reclamações de que Parauapebas está sendo politicamente isolada.

A maior preocupação dos políticos é que, enquanto Parauapebas segue sustentando as finanças do estado, os benefícios não retornam na mesma proporção. Investimentos em infraestrutura, educação e serviços básicos são escassos, e o sentimento predominante é de abandono, uma vez que o município se vê cada vez mais distante das prioridades do governo estadual.

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