Polícia Federal prende dois secretários de Estado e um assessor de gabinete de Helder Barbalho
A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça, 29, a operação “S.O.S.” para desarticular suposta organização criminosa que apura desvios de recursos da Saúde, destinados à contratação de organizações sociais (OS) para gestão de hospitais públicos do Pará, dentre eles os hospitais de campanha montados para enfrentamento da pandemia do novo coronavírus.
Veja aqui: Helder Barbalho é alvo de mega operação da PF que investiga desvio de R$1,3 bilhão da saúde
Segundo a corporação, entre os investigados estão empresários, o operador financeiro do grupo, integrantes da cúpula do governo do Pará, além do governador Hélder Barbalho. Entre os alvos das buscas realizadas nesta manhã está o Palácio do Governo, sede do Executivo do Pará, que fica no bairro do Marco, em Belém.
A operação cumpre 12 mandados de prisão temporária, por cinco dias, e 41 mandados de busca e apreensão expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça. Além disso, 64 mandados de prisão temporária e 237 mandados de busca e apreensão expedidos pelos Juízos das Varas de Birigui e Penápolis, no interior de São Paulo.
Veja a lista dos mandados de prisão temporária:
– Parsifal de Jesus Pontes (ex-chefe da Casa Civil do Pará e atual secretário da Sedeme)
– Antônio de Pádua de Deus Andrade (Secretário de Estado de Transportes-Setran)
– Peter Cassol de Oliveira (ex-secretário de Gestão Administrativa da Secretaria de Saúde do Pará)
– Leonardo Maia Nascimento (assessor de gabinete do Helder Barbalho)
– Nicolas Andre Tsontakis Morais
– Nicholas Andre Silva Freire
– Cleudson Garcia Montali
– Regis Soares Pauletti
– Adriano Fraga Troian
– Gilberto Torres Alves Junior
– Raphael Valle Coca Moralis
– Valdecir Lutz
Mais de R$ bilhão – De acordo com a PF, a investigação alcança o período de agosto de 2019 a maio de 2020, mirando 12 contratos celebrados entre o Governo do Estado do Pará e Organizações Sociais ligadas ao grupo investigado, totalizando o valor de R$ 1.284.234.651,90.
A corporação aponta que os crimes sob investigação são fraude em licitações, falsidade ideológica, peculato, corrupção passiva, corrupção ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Fonte: Roma News