
A Polícia Militar do Pará instaurou um Processo Administrativo de Conselho de Disciplina para avaliar a permanência do cabo Wladson Luan Monteiro Borges na corporação. O policial, que integra a Ronda Ostensiva Tática Metropolitana (ROTAM), foi preso em flagrante pelo homicídio de Bruna Meireles Corrêa, em Belém.
A Corregedoria-Geral da PM oficializou a decisão por meio da Portaria de Conselho de Disciplina n.º 4/2025, publicada no Boletim Geral da PMPA desta sexta-feira (14). O caso segue em tramitação na 1ª Vara de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher de Belém, onde a prisão em flagrante foi convertida em prisão preventiva.
Borges foi detido e responde pelo crime de feminicídio, conforme o artigo 121, § 2º, inciso VI, do Código Penal, e o artigo 1º, inciso I-B, da Lei n.º 8.072/90, que trata dos crimes hediondos. A Corregedoria da PM avaliou que sua conduta pode resultar na “exclusão a bem da disciplina”.
A portaria designou uma comissão para conduzir o processo disciplinar. A equipe é formada pela major Rosa de Fátima Lima Rodrigues, presidente do Conselho de Disciplina, pela 1ª tenente Emanuelli Dal Col Stinghel, relatora do caso, e pelo 2º tenente Matheus Teixeira de Souza, nomeado escrivão. A investigação interna analisará se a conduta do militar está em conformidade com os princípios da corporação.
O Conselho de Disciplina deverá emitir um parecer sobre a manutenção ou exclusão do policial dos quadros da PM. O prazo para a conclusão do processo é de 30 dias, com possibilidade de prorrogação por mais 20 dias caso haja justificativa para a extensão do período. A decisão final determinará se Borges permanecerá ou será desligado da corporação.
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