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“Playboy” demite Mia Khalifa por atriz celebrar ataque do Hamas

A revista Playboy demitiu a ex-atriz pornô Mia Khalifa na segunda-feira (9 de outubro de 2023) após a modelo compartilhar publicações em apoio ao grupo extremista Hamas. Khalifa, de origem libanesa, é uma apoiadora ativa da causa palestina. As informações foram divulgadas pela Fox News.

Em um e-mail enviado aos assinantes, a empresa de mídia informou que encerrou o relacionamento com Mia Khalifa e que excluirá seu canal “Playboy de Mia” da plataforma online da empresa.

“A Playboy está informando hoje sobre nossa decisão de encerrar o relacionamento com Mia Khalifa, incluindo a exclusão do canal ‘Playboy de Mia’ em nossa plataforma de criadores”, afirmou a revista.

A empresa criticou a posição da modelo no e-mail, descrevendo os comentários publicados pela atriz como “nojentos” e “repreensíveis”.

“Na Playboy, encorajamos a liberdade de expressão e o debate político construtivo, mas temos uma política de tolerância zero para o discurso de ódio. Esperamos que Mia compreenda que suas palavras e ações têm consequências”, escreveu a empresa.

Desde sábado (7 de outubro de 2023), a modelo postou em seu perfil no antigo Twitter várias publicações em apoio ao grupo extremista palestino. Em um dos tweets, Mia Khalifa afirmou que “se você não estiver do lado dos palestinos, você está do lado errado”.

No domingo (8 de outubro de 2023), a ex-atriz pornô também foi demitida da empresa de psicodélicos Red Light Holland, onde atuava como influenciadora, por compartilhar publicações em apoio ao grupo extremista Hamas.

O CEO da Red Light, Todd Shapiro, criticou o posicionamento da influenciadora e expressou sua esperança de que ela se torne uma pessoa melhor.

“Você está demitida imediatamente. Simplesmente nojento. Nojento. Por favor, evolua e se torne um ser humano melhor. O fato de você estar tolerando a morte, a violação, os espancamentos e a tomada de reféns é verdadeiramente nojento. Nenhuma palavra pode explicar sua ignorância”, disse Shapiro.

Em resposta, a modelo publicou em seu perfil no antigo Twitter que não sabia que estava negociando com sionistas, referindo-se a Shapiro.

“Mantenho meu apoio às pessoas que lutam contra a opressão. Faça sua pesquisa antes de pedir meu investimento em seu pequeno projeto. Sou do Líbano, e você é louco por esperar que eu estivesse do lado do colonialismo, seu maldito esquisito”, escreveu a modelo.

Mia Khalifa na CPI da Covid

O nome de Mia Khalifa foi mencionado pela primeira vez na CPI da Covid em junho de 2021, quando o senador Luis Carlos Heinze (PP-RS) citou uma pesquisa publicada pela revista Lancet, que comprovava a ineficácia da cloroquina como tratamento para a covid-19 e que foi posteriormente retratada. Segundo o senador, a pesquisa foi encomendada por uma empresa de uma atriz pornô.

Na internet, a fala foi relacionada a uma notícia falsa que defendia o uso da cloroquina como tratamento para a covid e citava uma médica “prodígio” do Brasil, mas a foto era da ex-atriz Mia Khalifa. O assunto virou memes nas redes sociais.

Na época, Mia Khalifa chegou a postar em seu perfil no Twitter uma montagem em que aparece como convidada da CPI.

Em junho de 2021, a atriz voltou a ser citada na CPI por Heinze. O senador Randolfe Rodrigues (Rede) disse que a libanesa deveria ser convocada para falar na comissão.

ENTENDA O CONFLITO

Apesar de ser o maior conflito armado na região nos últimos anos, a disputa territorial entre palestinos e judeus se arrasta por décadas. Ambos os grupos reivindicam o território, que possui importantes marcos históricos e religiosos para ambas as etnias.

O Hamas (sigla árabe para “Movimento de Resistência Islâmica”) é a maior organização islâmica em atuação na Palestina, de orientação sunita. Além de seu braço político, presta serviços sociais ao povo palestino, que vive majoritariamente em áreas pobres e de infraestrutura precária. No entanto, é mais conhecido pelo seu braço armado, que luta pela soberania da Faixa de Gaza.

O grupo assumiu o poder na região em 2007, após ganhar as eleições contra a organização política e militar Fatah, em 2006.

A região é palco para conflitos desde o século passado, com ofensivas em 2008, 2009, 2012, 2014, 2018, 2019 e 2021 entre Israel e Hamas, além de outros eventos. A partilha da Palestina em territórios árabes e judeus pela ONU no passado também é um ponto crucial no conflito.

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