Após três anos consecutivos em segundo lugar, o Pará voltou a superar Minas Gerais em produção mineral e retomou a liderança nacional no início de 2025. Em janeiro, o estado amazônico registrou R$ 10,75 bilhões em movimentações no setor, enquanto Minas Gerais alcançou R$ 9,19 bilhões, segundo dados divulgados pelo Blog do Zé Dudu.
A disputa entre os dois estados, que têm no minério de ferro sua principal commodity, se intensifica à medida que o Pará se torna o principal polo de atração para investimentos do setor mineral. Apesar da vantagem de R$ 1,5 bilhão no primeiro mês do ano, especialistas apontam que ainda é cedo para afirmar se o Pará manterá a liderança até o fim de 2025.
Municípios paraenses dominam o ranking nacional
No ranking dos maiores produtores minerais do Brasil em janeiro, três municípios paraenses ocupam as primeiras posições:
- Canaã dos Carajás – R$ 3,73 bilhões
- Parauapebas – R$ 3,48 bilhões
- Marabá – R$ 2,24 bilhões
Juntas, essas cidades responderam por 34,8% de toda a produção mineral do país no período. Apenas Canaã dos Carajás, que assumiu a liderança nacional em 2024, movimentou mais do que qualquer município mineiro. Em quarto lugar, Conceição do Mato Dentro (MG) registrou R$ 1,5 bilhão em produção mineral.
Projeções e desafios
Embora os projetos de mineração do Pará sejam, em média, dez vezes mais rentáveis que os de Minas Gerais, a concentração das operações no estado paraense é liderada por uma única empresa: a multinacional Vale, responsável por 87,5% do total produzido em janeiro.
Enquanto Minas Gerais possui maior densidade de títulos minerários – com uma exploração a cada 459 km² –, no Pará a atividade é mais espaçada, com um projeto ativo a cada 9.229 km². Apesar dessa diferença, a eficiência e a escala de produção do Pará têm garantido vantagem na disputa pela liderança nacional do setor mineral.



