De acordo com a plataforma de inteligência artificial PrevisIA, desenvolvida pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), o Pará é o estado com o maior índice de áreas sob risco de desmatamento na Amazônia para 2025, representando 35% de todo o território ameaçado. A estimativa é que, em 2025, cerca de 6.531 km² de floresta amazônica sejam destruídos, o que significa um aumento de 4% em relação a 2024.
Os estados do Amazonas e Mato Grosso ocupam a segunda e terceira posição, com 20% e 17%, respectivamente. Juntos, Pará, Amazonas e Mato Grosso concentram 72% de todo o território ameaçado de desmatamento na Amazônia Legal.
Embora o Pará apresente uma leve redução nas áreas sob risco em comparação com o ano anterior, ele ainda ocupa uma posição central nas ações de combate à destruição florestal.
Territórios Vulneráveis no Pará
O Estado do Pará abriga alguns dos territórios mais vulneráveis à degradação. A Terra Indígena (TI) Kayapó é apontada pela PrevisIA como a mais ameaçada em 2025, com risco de desmatamento equivalente a 2,5 mil campos de futebol. Em 2024, a Terra Indígena Apyterewa, também no Pará, ocupava essa posição. Apesar das operações para a remoção de invasores, a TI Apyterewa continua sendo uma das áreas mais ameaçadas e figura em segundo lugar no ranking de risco.
Outro destaque é a Área de Proteção Ambiental (APA) Triunfo do Xingu, localizada no sudeste do Pará, que se mantém como a unidade de conservação mais ameaçada da Amazônia pelo quarto ano consecutivo. Segundo a PrevisIA, o risco de desmatamento nessa área para 2025 equivale a quase 10 mil campos de futebol.
PrevisIA: Uma Ferramenta de Combate ao Desmatamento
Lançada em 2021 pelo Imazon, em parceria com a Microsoft e o Fundo Vale, a PrevisIA é uma ferramenta de inteligência artificial voltada para apoiar estratégias de combate ao desmatamento. No Pará, os dados gerados pela plataforma são utilizados pelo Ministério Público do Estado do Pará (MP-PA) para planejar e implementar ações preventivas de proteção ambiental.
