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Pacientes morrem após fazer nebulização com cloroquina em Manaus

O pior resultado de uma estupidez defendida de forma ideológica e estúpida seria o uso de medicações comprovadamente ineficazes para combate à pandemia de Covid-19. Foi o que ocorreu com a paciente Jucicleia de Souza Lima, ao seguir a orientação da médica Michelle Chechter e autorizou, por documento, o uso da cloroquina em nebulização.

Vale ressaltar que não há qualquer teste ou trabalho científico que comprove sequer a segurança para a saúde do paciente, o uso da cloroquina em procedimento de nebulização. Pior, a cloroquina, via oral ou venal, não tem eficácia contra a Covid-19 e seu uso tem grande prejuízos à saúde do paciente.

O resultado da aventura da médica foi a morte do seu paciente, como é noticiado pelo jornal Folha de São Paulo, que contava com infecção generalizada por Covid-19.

Depois da nebulização, a saúde de Jucicleia não parou de piorar. Até que, em 2 março, a técnica em radiologia morreu, 27 dias após o nascimento do filho único. O hospital informou à família que a causa foi infecção generalizada em decorrência da Covid-19.

Cinco pacientes morreram, incluindo um bebê prematuro, depois que a médica Michelle Chechter ministrou nebulização de cloroquina na maternidade Instituto da Mulher Dona Lindu, de Manaus.

Para convencer as famílias, a médica ginecologista e obstetra paulistana Michelle Chechter disse que cloroquina tinha apoio do presidente Jair Bolsonaro. Ela atuou em Manaus com o marido, o também médico Gustavo Maximiliano Dutra.

Conforme reportagem do jornal, em meados de fevereiro, o auxiliar de produção Cleisson Oliveira da Silva, de 30 anos, cuidava do filho recém-nascido no Instituto da Mulher e Maternidade Dona Lindu (IMDL), hospital público estadual em Manaus. Na UTI, a esposa, Jucicleia de Sousa Lira, de 33 anos, lutava contra a Covid-19.

Para sua surpresa, Cleisson recebeu da irmã, que mora em Santarém, no Pará, por WhatsApp, um vídeo em que Jucicleia aparece sorridente durante uma sessão de nebulização de hidroxicloroquina. Foi assim que ele ficou sabendo que sua mulher recebia um tratamento experimental baseado em um medicamento ineficaz contra o novo coronavírus. 

Depois da nebulização, a saúde de Jucicleia só agravou e no dia 2 de março a técnica em radiologia morreu, 27 dias após o nascimento do filho único. O hospital informou à família que a causa foi infecção generalizada em decorrência da Covi-19. O viúvo disse à reportagem que, durante as conversas no hospital, Michelle Chechter não o consultou sobre a nebulização ou o vídeo.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) já concluiu que a hidroxicloroquina não funciona no tratamento contra a Covid-19 e alertou ainda que seu uso pode causar efeitos adversos graves, podendo levar à morte.

Fonte: O Estado de Minas

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