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O que se sabe sobre os quatro casos de reação à vacina contra a Covid-19

Dois profissionais de saúde do estado americano do Alaska desenvolveram forte reação alérgica poucos minutos depois de terem recebido a vacina Pfizer/BioNTech contra o coronavírus. Um continua internado sob observação, e outro foi liberado logo depois de uma hora.

Os episódios têm bastante semelhança com os dois casos de reação alérgica reportados na semana passada no Reino Unido. Mas uma diferença intrigante: um dos profissionais americanos não tinha histórico de alergias graves, como os outros três.

Reação alérgica – Depois dos casos, os órgãos regulatórios dos EUA e do Reino Unido advertiram que pessoas com histórico de grave reação alérgica a medicamentos e alimentos não devem tomar a vacina. Mas não houve qualquer veto ao restante da população, inclusive para quem tem histórico de alergia moderada.

Então, o que esses episódios apontam sobre a segurança em torno da nova vacina fabricada pela Pfizer/BioNTech, empresas que solicitaram autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para aplicações no Brasil?

EUA e Reino Unido – Os dois profissionais de saúde que tiveram reação alérgica grave foram imunizados no mesmo hospital no estado do Alasca.

A primeira, uma mulher de meia-idade, começou a desenvolver erupção na pele, falta de ar e aceleração da frequência cardíaca cerca de dez minutos depois de ser vacinada no hospital regional Bartlett, em Juneau.

Ela recebeu imediatamente uma injeção de epinefrina, um tratamento tradicional para reações alérgicas. Pacientes com histórico de alergia grave, inclusive, portam canetas injetoras em caso de emergência.

Mas Lindy Jones, diretora do departamento de Emergência do hospital, afirmou que essa profissional de saúde não tinha histórico de alergias graves. Ela teve a primeira crise e os sintomas recuaram com a epinefrina, mas depois eles retornaram e ela recebeu esteroides e epinefrina e foi encaminhada para a unidade de terapia intensiva (UTI), relata o jornal The New York Times. O quadro dela é estável e ela permanece internada sob observação.

O segundo paciente tinha histórico de alergia grave, mas teve uma reação anafilactoide, e não anafilaxia, afirmou a equipe médica, o que representa um quadro bem menos grave. Os sintomas (inchaço no olho, coceira na garganta e tontura) surgiram cerca de dez minutos depois da aplicação, e recuaram logo que ele recebeu epinefrina. O paciente foi liberado uma hora depois.

Os dois casos de reação alérgica no Reino Unido também envolveram profissionais de saúde, ambos com histórico de alergia grave: um a ovo e outro a diversos medicamentos. A vacina da Pfizer/BioNTech não contém nenhuma parte do ovo.

Para a Food and Drug Administration (FDA, órgão regulatório americano de medicamentos e alimentos), a maioria dos americanos com alergia está segura para receber a vacina e apenas pessoas que já tiveram reações alérgicas graves a vacinas ou ingredientes desta vacina em particular devem evitar tomar a injeção. A lista de ingredientes pode ser checada em inglês neste link do governo do Canadá.

Fonte: portal Terra

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