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Número de casos confirmados de Covid-19 aumenta em outubro, em Belém, diz Sindicato

O número de casos confirmados de Covid-19, na capital paraense, Belém, aumentou substancialmente neste mês de outubro. A afirmação foi feita, na manhã de segunda-feira, 19, pelo presidente do Sindicato dos Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Estado do Pará (Sindess), o médico Breno de Figueiredo Monteiro. O Sindess representa os hospitais privados. Em  Belém, há 17 hospitais particulares associados ao sindicato.

“O número de casos suspeitos e confirmados de Covid, no mês de outubro, voltou a aumentar em comparação aos números que estávamos apresentando nos meses de agosto e setembro. Ressalto que é muito distante dos números de abril e maio, quando houve o colapso. Não há falta de leitos, não há falta de exames, não há falta de atendimento. Muito distante disso. Mas os números de outubro são realmente significativamente maiores do que visto em meses anteriores”, afirmou Monteiro, em entrevista à Redação Integrada O Liberal.

O médico Breno Monteiro disse que, nos meses de abril e maio, praticamente todos os serviços dos associados ficaram dedicados para o atendimento da Covid. “Era a quase totalidade dos pacientes internados nos grandes hospitais. Hoje não é isso. Hoje o que está acontecendo é que esses leitos já haviam sido desmobilizados, com internação de outras patologias, voltaram a ser utilizados. E o que estamos vendo é a volta de algumas ocupações de alguns leitos a mais”, afirmou.

Doenças respiratórias – “Mas sem falta de leitos. Não está faltando leito nem para o paciente da Covid e não está faltando e nem irá faltar leito para o paciente de outras patologias”, acrescentou Breno Monteiro observou que existem outros vírus que também causam doenças respiratórias.

“São comuns que doenças respiratórias apareçam também. Pode ocorrer nesse momento esse aumento, sim. E ocorrem várias procuras. Mas estamos falando de um aumento de pacientes confirmados [de Covid]. A gente não pode comparar o número de exames, porque sempre teve um volume grande de exames sendo pedidos. Tem gente que faz exame rotineiramente para saber se pegou ou não. Isso não é um parâmetro. O que estamos falando é de taxa de positividade”, explicou o médico.

Exames positivos – Ainda segundo o médico, “o percentual desses exames com positivo aumentou substancialmente agora no mês de outubro. Isto é verdade. Todos os grandes hospitais, a grande maioria deles, nos reportou que houve necessidade de ampliação de vagas, de alas para pacientes exclusivos de Covid. Dentro dos fluxos desses hospitais, é necessário que tenham alas exclusivas, andares ou espaços exclusivos para pacientes com Covid, com equipes em separado, para que você não contamine obviamente os outros pacientes. Todos esses protocolos, todos esses fluxos são seriamente e rigorosamente seguidos. É necessário que você amplie leitos específicos para isso quando há necessidade”.

Sindicato – O Sindicato representa os hospitais particulares. “E, quando a gente fala de hospitais privados, fala de um público que tem plano de saúde. Ou seja, a gente fala geralmente de uma classe média, aquela pessoa que pode ter plano de saúde, que está empregada. O que pode ter acontecido é que essas pessoas, no momento do lockdow, da quarentena, respeitaram, se isolaram, ficaram em casa”, destacou.

“E aí, com o passar do tempo, de alguma maneira, se um relaxamento nas medidas de proteção, nos cuidados com o uso da máscara, com as aglomerações. E isso, naturalmente, as pessoas que estavam isoladas passaram a se expor e o vírus não sumiu e nem vai sumir. A gente precisa continuar mantendo os cuidados, as recomendações das autoridades sanitárias, porque senão há a possibilidade da contaminação”, afirmou.

Reforçar cuidados – O médico Breno Monteiro deixou claro que isso não é um alerta. “É uma constatação do que está acontecendo. Não existe medida de restrição que tenha que ser imposta, não pode se falar em parar economia, em parar nada disso. Isso é um equívoco. Na verdade, é tentar orientar a população a ter os cuidados. É natural que, com o tempo, com os números sob controle, a população que viveu perda de pessoas conhecidas, de familiares comece a relaxar”, disse.

“Ela [população] vai para a praia, vai para o restaurante sem os cuidados necessários, frequenta ambientes fechados, sem os cuidados devidos. Isso faz com que naturalmente possa ocorrer o aumento do número de casos. É importante, muito mais do que qualquer outra pressão que possa haver em cima do governo e da sociedade, é o reforço às medidas de proteção individuais que cada um deve e tem que ter”.

Ele explicou que o sindicato representa, constitucionalmente, todos os serviços de saúde, as empresas de saúde do Pará. Mas, diretamente associados, são 105 estabelecimentos de saúde no Pará e, em Belém, 17 hospitais. O sindicato representa apenas os hospitais privados, sejam eles com fins lucrativos ou filantrópicos. Não representa, portanto, os hospitais públicos.

Fonte: O Liberal

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