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Nova gasolina se torna obrigatória no País a partir desta segunda-feira

Entram em vigor nesta segunda-feira, 3, os novos padrões para a gasolina comercializada no Brasil inteiro. Com base em novas especificações definidas pela Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP), o combustível terá qualidade superior e melhor rendimento, mas será também mais caro para os consumidores. Em Santa Catarina, a expectativa dos sindicatos do setor é de um aumento entre 10 e 15 centavos.

A gasolina nos postos não deve, no entanto, mudar do dia para a noite. Conforme a própria resolução da ANP, a partir desta segunda-feira, as refinarias têm 60 dias para trocarem totalmente a gasolina vendida, enquanto os postos têm 90 dias.

O período servirá para a adequação dos estabelecimentos, que precisam zerar o estoque da gasolina “velha” até passar a vender somente o novo combustível.

Mudanças – Uma das principais mudanças é o estabelecimento de um limite mínimo de massa específica para a gasolina automotiva. A partir de agosto, a gasolina vendida às distribuidoras precisará ter 715 quilos por metro cúbico. Antes, os fornecedores só precisavam informar os valores desse parâmetro, e a ausência de um limite mínimo fazia com que a gasolina vendida no Brasil fosse menos densa que a de outros mercados.

A massa específica da gasolina está relacionada à sua densidade, e quanto maior ela for, maior é a capacidade de um mesmo volume de combustível gerar energia. A gasolina mais densa tem mais energia disponível para ser convertida no momento da combustão, e isso fará com que os veículos sejam capazes de circular mais com menos combustível. A redução do consumo poderá ser de 4% a 6%, estimam os estudos que embasaram a mudança publicada pela ANP.

Temperatura – Outra novidade nas especificações é o estabelecimento de uma faixa com limite máximo e mínimo de temperatura para uma evaporação de 50% da gasolina, parâmetro que é chamado de destilação e mede a volatilidade do combustível. Antes, a ANP regulava apenas o limite máximo.

A doutora em química e especialista em regulação da ANP, Ednéia Caliman, explica que um perfil adequado de destilação gera melhora na qualidade da combustão em ponto morto, na dirigibilidade, no tempo de resposta na partida a frio e no aquecimento adequado. Esses ganhos favorecem a eficiência do motor, resume a especialista da ANP.

Fonte: ANP

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