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Nilson Chaves sobre música de Luíza Sonza: “fundo do poço da mediocridade”

O cantor e compositor paraense Nilson Chaves, um dos maiores nomes da música amazônica, reagiu descontente com o nível musical que faz sucesso hoje no Brasil.

Neste caso, Nilson se manifestou sobre a música “cachorrinhas”, o mais novo single da cantora Luísa Sonza, lançado na última semana. Neste domingo, Luísa participou do programa Fantástico, da rede Globo, para falar desse seu mais novo trabalho.

Em seu perfil no facebook, Nilson escreveu:

“Vejo com tristeza o fantástico apresentar uma música com o título “cachorrinha”. Uma qualidade deprimente onde só a sexualidade interessa. A cantora, bem a cantora e melhor não emitir opinião. Estamos realmente no fundo do poço da mediocridade. Que tristeza.”

Aliás, levantamento divulgado pelo jornal O Globo, mostrou que a palavra “cachorra” foi a mais repetida  nas músicas do Top 5 Brasil do Spotiy na última semana. Segundo a pesquisa, isso se dá por causa de “cachorrada” com as músicas de Luísa Sonza (“Cachorrinhas”) e de Zé Filipe e Mc Mari (“Bandido”), ambas no topo do aplicativo de música.

Das 5 músicas mais ouvidas, o termo “cachorrada” saiu na frente: duas músicas tratam da expressão, enquanto uma foca na “sentada”, outra no “joga” e o sertanejo no “amor”.

Mas quando isso é analisado em uma escala maior, os termos predominantes mudas. Análise feita pelo jornal das músicas que estiveram nas 50 primeiras posições no Spotify no Brasil ao longo de 29 semanas (de 31 de dezembro a 21 de julho) mostra que prevalecem os gêneros sertanejo, funk e trap, e que o ideal romântico continua dando as cartas, pero no mucho. Entre os termos que mais aparecem nas 131 composições (muitas permaneceram no ranking por semanas, daí a pouca variação), num total de 39.607 palavras, estão os verbos “amar”, mas seguido de perto por “sentar”, “tomar”, “travar” e “jogar”, nesta ordem. Com exceção de amor (e variações como “amo”, “amado”) todas surgem, claro, em contextos de elevado cunho sexual. Para se ter uma ideia, amor e variações aparecem 3.326 vezes, contra 2.851 “sentadas” (e flexões como sentadona, sentadinha, sentar).

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