ENTRETENIMENTO

Músico cearense Evaldo Gouveia, compositor de “Sentimental Demais”, morre aos 91 anos

Morreu a sexta-feira, 29, em um hospital particular de Fortaleza, vítima de Covid-19, o músico compositor, cantor e violonista cearense Evaldo Gouveia. A informação foi confirmada pelo biógrafo do artista, Ulysses Gaspar.

O corpo de Evaldo Gouveia foi sepultado, na manhã deste sábado, 30, no cemitério Jardim Metropolitano, com a presença da esposa, a cantora Liduína Lessa, seguindo todas as normas recomendadas para sepultamento nesta época de pandemia.

Carreira – Autor de “Sentimental Demais”, imortalizada na voz de Altemar Dutra, e do samba-enredo “O Mundo Melhor de Pixinguinha”, da escola de samba Portela, dentre outras canções que ganharam espaço na memória dos ouvintes dos tempos áureos do rádio até hoje em dia, Evaldo Gouveia teve sua obra bastante interpretada e revisitada.

Conforme Ulysses, Evaldo estava com a saúde debilitada desde o fim de 2017, quando apresentou um quadro de pneumonia, em São Paulo. Na época, o artista se internou e no hospital teve um Acidente Vascular Cerebral (AVC). De volta a Fortaleza, Evaldo ficou em tratamento até contrair o novo coronavírus, que debilitou ainda mais seu quadro.

Grandes parcerias – Com 1.200 composições e cerca de 700 músicas gravadas, o estouro de seu repertório, na frequência radiofônica, foi impulsionado pela voz de cantores como Altemar Dutra, Nelson Gonçalves, Alaíde Costa e Maysa Monjardim. Antes de emplacar carreira solo, o cearense fez parte de formações como a do lendário Trio Nagô, ao lado de Mário Alves e Epaminondas Souza.  

Com o  capixaba Jair Amorim (1915-1993), parceiro por mais de três décadas, compôs sucessos como “Tango para Teresa”, “Brigas”, “Bloco da Solidão”,  “O Trovador”,  “Que Queres Tu de Mim”, “Alguém me Disse” e “O Conde”. Em   “O Mundo Melhor de Pixinguinha”, a dupla contou com a participação de Euzébio do Nascimento.

Natural de Orós (CE), Evaldo nasceu no dia 8 de agosto de 1928 e tinha a memória identificada com o município de Iguatu (CE), para onde a família do artista se mudou quando ele tinha apenas três meses de idade.

O compositor é referência da MPB da era do rádio, período que teve seu auge nas décadas de 1940 e 1950 no Brasil.

Fonte: Diário de Pernambuco

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