CULINARIA PARAENSE

Muçuã já pode ser usado na culinária paraense

Os chefs paraenses Delano Souza e Paulo Anijar,(Santa Chicória), obtiveram autorização para incorporar o muçuã em suas criações culinárias. Este quelônio amazônico, que habita as margens dos rios, enfrenta a ameaça de extinção, sendo sua comercialização proibida por lei.

Anteriormente, era comum encontrar o ‘casquinho de muçuã’, um mexido da carne do animal servido na própria carapaça, nos bares e restaurantes locais, considerado uma iguaria peculiar. No entanto, atualmente, a venda desse animal só é permitida mediante autorização do IBAMA, quando proveniente de criadouros regulamentados.

Criadouros:

Neste mês de dezembro, os chefs inauguram os primeiros criadouros de muçuã destinados à culinária. Essa iniciativa está alinhada com o programa de preservação do muçuã da Embrapa, que administra oito aquaterrários no Pará em colaboração com a Secretaria do Meio Ambiente, a Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) e a Universidade Federal do Pará (UFPA).

De acordo com o Ibama, desde 2011, a Lei Complementar nº 140/2011 atribui aos estados a responsabilidade de autorizar criadouros de fauna silvestre. No caso do Pará, a autorização é concedida pela Secretaria do Meio Ambiente, que também desempenha papel na fiscalização dos criadouros.

Muçuã:

O muçuã, Kinosternon scorpioides, sendo o menor quelônio da Amazônia encontrado é uma tartaruga semi-aquática que mede cerca de 15 cm e vive nas margens de rios e lagos. As fêmeas têm capacidade de produzir até quatro ovos durante o período de reprodução.

Nos criadouros, somente os machos excedentes serão utilizados como fonte de alimento. Quando adultos, eles atingem em média 400 g, mas apenas 180 g correspondem à carne. Por meio de criação controlada, os muçuãs podem alcançar até 800 g, proporcionando maior rendimento proteico.

Etiquetas

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo
Fechar