O Paris Saint-Germain confirmou a contratação com o argentino Lionel Messi nesta terça-feira, 10.
Em um vídeo publicado nas redes sociais do clube, o jogador aparece com a camisa 30 no centro do estádio Parc des Princes em uma animação. “Um novo diamante em Paris”, diz o comunicado.
Uma foto do jogador com sua nova camisa também foi divulgada pelo PSG. O argentino fechou um contrato de 2 anos com um terceiro “como opção”, escreveu o time.
O argentino, considerado um dos melhores jogadores de todos os tempos, não conseguiu fechar novo contrato com o time espanhol Barcelona, no qual permaneceu durante toda sua carreira. Sua saída foi anunciada no dia 05 de agosto.
Pelo Barça, Messi atuou por 17 temporadas e marcou impressionantes 672 gols em 778 jogos, além de 305 assistências. Com sua atuação no clube, conquistou 4 vezes a Champions League, 10 vezes a La Liga e 7 vezes a Copa del Rey, e levou seis vezes a Bola de Ouro, prêmio dado do melhor jogador do mundo.
O Barcelona disse que a péssima situação financeira do clube e os regulamentos de Fair Play Financeiro (FFP) da La Liga impediram o clube de dar a Messi um novo contrato, apesar de ambas as partes terem chegado a um acordo.
O contrato anterior do jogador de 34 anos, que expirou no final de junho, foi divulgado pelo jornal espanhol “El Mundo” no valor de US$ 672 milhões por ano e o tornou o atleta mais bem pago da história do esporte.
Por que não renovou?
Mesmo após ter chegado a um acordo com a equipe catalã, o camisa 10 encerrou uma passagem de mais de 15 anos na Espanha para desembarcar em Paris.
Messi e Barcelona até chegaram a um acordo salarial em julho, mas o clube não conseguiu manter o compromisso por causa da regra de teto de gastos implementada pela “La Liga”, gestora da primeira divisão espanhola.
Nenhum clube da La Liga pode gastar mais do que arrecadou na temporada anterior. Afetado pela pandemia e sem conseguir fazer grandes vendas, o limite do Barça caiu quase pela metade: de mais de 600 milhões de euros (cerca de R$ 3,6 bilhões) para 347 milhões de euros (cerca de R$ 2,1 bilhões).
A regra tem dois objetivos: o primeiro é evitar um desequilíbrio muito grande de forças no Campeonato Espanhol, o segundo é evitar uma prática comum no futebol europeu – clubes serem comprados por bilionários e serem turbinados pelo investimento do mesmo. Como o cálculo do limite espanhol é feito pela arrecadação do próprio clube, não é possível fazer essa injeção financeira.
Apesar de o argentino ter aceitado uma redução perto de 50% do seu salário anual, perto dos 70 milhões de euros (cerca de R$ 426 milhões), ainda não foi o suficiente para ser acomodado nas regras espanholas. Na nota em que confirmou a saída de seu maior ídolo, o Barcelona citou “normativas econômicas e estruturais”.