Líder do governo, Randolfe Rodrigues contesta decisão do Ibama e deixa Rede

Em um movimento surpreendente, Randolfe Rodrigues, líder do governo no Congresso, anunciou na manhã desta quinta-feira (18) que está deixando seu partido, a Rede. O estopim para essa decisão foi a recente rejeição do licenciamento ambiental para a exploração de petróleo na costa equatorial do país pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Essa medida do Ibama conta com o apoio da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que também é filiada à Rede.

Após a decisão do Ibama, Randolfe recorreu às redes sociais para criticar a ação. Ele afirmou: “A decisão do Ibama contrária à realização de pesquisas na costa do Amapá não ouviu o governo local nem nenhum cidadão do meu estado. O povo amapaense quer ter o direito de ser ouvido sobre a possível existência e destino de nossas riquezas”.

“Em conjunto com todas as instâncias do governo federal, reuniremos todos aqueles que desejam o desenvolvimento sustentável do Amapá para, de forma técnica, legal e responsável, lutarmos contra essa decisão”, acrescentou.

Nesta manhã, ele divulgou uma nota anunciando sua saída do partido: “Nos últimos anos, o povo brasileiro enfrentou um dos momentos mais dramáticos. A democracia, conquistada há tanto tempo, esteve sob ameaça real.”

E continua: “Nesse período, nas ruas, nas instituições e especialmente no Parlamento, nosso partido esteve ao lado dos brasileiros, lutando contra o fascismo, desempenhando um papel histórico com amor, coragem e dedicação. Será uma honra para sempre ter sido parte dessa jornada épica.”

Na nota, Randolfe agradece aos companheiros de partido: “Agradeço pela companhia e convívio nesse período, em especial levo para toda a vida exemplos de lealdade ao povo, como o da companheira Heloísa Helena, que ontem, hoje e sempre me inspirará”.

“Minhas palavras trazem, acima de tudo, gratidão. Tenho certeza de que continuaremos juntos, lutando pela democracia, justiça e construção de uma sociedade livre da fome e da opressão. Dito isso, solicito, de forma irrevogável, a minha desfiliação da REDE SUSTENTABILIDADE”, conclui a nota.

Outros setores aliados do governo também criticaram a decisão do Ibama. O senador Davi Alcolumbre (União-AP), em comunicado, afirmou que “a decisão do Ibama em negar a licença para que a Petrobras realize a pesquisa exploratória de petróleo na costa equatorial do Amapá é um desrespeito ao povo amapaense”.

“Vamos lutar unidos, respaldados por critérios técnicos, legais, razoáveis e proporcionais, em conjunto com o governo federal, bancadas federal e estadual, governo do estado, entidades e sociedade civil para reverter essa decisão equivocada e injusta.”

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