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Jornalista é internada em hospital psiquiátrico na Sibéria pelo governo russo por divulgar ‘fake news’

A jornalista russa Maria Ponomarenko, presa em São Petersburgo em abril passado, acusada de “propagar fake news” sobre as forças armadas da Rússia, foi enviada para um hospital psiquiátrico na Sibéria nesta semana, segundo informações de veículos locais e do advogado dela.

Ponomarenko é repórter do site de notícias RusNews, que mantém um canal no Telegram para compartilhar informações sem o controle do Kremlin. Em mensagem no aplicativo, os colegas dela confirmaram sua transferência de um centro de detenção para a instituição médica.

A jornalista de 44 anos é acusada pelo governo de Vladimir Putin de divulgar informações sobre o bombardeio russo a um teatro na cidade de Mariupol, na Ucrânia, onde centenas de civis estavam refugiados e morreram em 16 de março.

Criminalização – Com o início da guerra na Ucrânia, a Rússia rapidamente alterou suas leis para criminalizar qualquer pessoa que divulgasse informações sobre o conflito que não seguisse a narrativa propagada pelo governo sob pena de cinco a 10 anos de prisão.

Maria Ponomarenko foi presa no dia 23 de abril e processada com base nessa lei, que estipula o uso do termo “operação especial”, e não guerra, para se referir à invasão ao território vizinho.

Dias após a detenção, um tribunal ordenou que a jornalista ficasse detida por dois meses aguardando investigação, prazo que terminou no final de junho. O vídeo mostra o momento da prisão. 

Fonte: Media Talks

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