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Invenção paraense de máquina portátil de açaí será produzida em larga escala por empresa chinesa

Criada por Rui Hildebrando, equipamento permite bater açaí em casa com praticidade e deve chegar ao mercado com preço acessível; produção será feita na China

Um equipamento criado no Pará promete revolucionar a forma como o açaí é consumido no Brasil e no mundo. A máquina portátil de bater açaí, idealizada pelo empreendedor paraense Rui Hildebrando, chamou a atenção de uma empresa chinesa, que firmou parceria para a produção em larga escala do produto. O anúncio foi feito por meio de uma publicação nas redes sociais oficiais da invenção, onde o próprio Rui comemorou o avanço e destacou que a tecnologia vai facilitar o preparo do açaí com qualidade, praticidade e autonomia dentro da casa do consumidor.

De acordo com o inventor, a máquina portátil funcionará com cápsulas do fruto e apenas água, dispensando a necessidade de equipamentos industriais ou idas frequentes a pontos de venda especializados. O objetivo é democratizar o acesso ao açaí puro e fresco, valorizando a tradição amazônica, mas com uma pegada moderna e prática. Segundo Rui, a produção na China será feita em parques tecnológicos com alta capacidade industrial, o que garantirá eficiência, controle de velocidade e baixo custo para o consumidor final.

O protótipo já está em fase de ajustes finais e conta com funcionalidades avançadas, como bomba de água automatizada com temporizador, que inicia o processamento 30 segundos após o acionamento. A máquina tem velocidade ajustável, variando entre 900 e 1.700 rotações por minuto (RPM), dependendo da configuração. O sistema foi projetado para facilitar o manuseio: o usuário só precisa cortar a cápsula de açaí, colocá-la no compartimento e ligar o equipamento. O açaí será processado automaticamente, passando por um reservatório com torneira e controle de espessura, conforme o gosto do consumidor.

Atualmente, a versão funcional da máquina custa cerca de R$ 2.200, mas com a fabricação em escala industrial, a expectativa é que o preço final fique entre R$ 400 e R$ 600 — valor semelhante ao de um liquidificador ou cafeteira elétrica. Rui afirma que a missão da equipe é tornar o equipamento acessível, para que qualquer pessoa possa produzir o próprio açaí em casa, de forma rápida e autônoma. “A maior meta é fazer com que as pessoas tenham isso em casa”, enfatizou.

O projeto é considerado “disruptivo” por permitir que o consumidor tenha o controle total do preparo do açaí, resgatando o sabor e a textura tradicional do fruto amazônico sem depender de terceiros. A expectativa é que o lançamento oficial da máquina aconteça nos próximos meses, após a conclusão da prototipagem industrial e dos trâmites comerciais com a fabricante chinesa. A invenção também reforça o protagonismo do Pará como berço de soluções inovadoras ligadas à cultura da Amazônia e ao aproveitamento sustentável de seus recursos naturais.

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