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Invenção dos paraenses,”pey pey” surgiu após erro: “era amores que marcam”, revela Nega Lora

A clássica expressão “pey pey”, popularizada na música “São Amores”, surgiu por acaso durante uma regravação da cantora paraense Nega Lora, quando era vocalista da Banda Quero Mais. Segundo a própria intérprete, um erro de pronúncia deu origem à frase que mudaria o sentido da composição original. “O povo criou por conta de uma frase que eu errei. Não era ‘amores que matam’, era ‘amores que marcam’. E aí a galera achou que tinha que ter o ‘pey pey'”, relembra Nega Lora.

A expressão ganhou vida própria quando Simone e Simaria, ainda no início de carreira como “Forró do Muído”, se apresentaram em Belém e ficaram surpresas com a reação do público à versão local da música. Elas levaram a novidade para outras regiões do país, ajudando a espalhar o “pey pey” para além do Pará.

O apagamento midiático da versão paraense

Apesar do sucesso, a importância da versão paraense de “São Amores”, um clássico do tecnomelody lançado em 2008 pela Banda Quero Mais, tem sido subestimada pela mídia nacional. Recentemente, a música voltou aos holofotes com uma nova versão da cantora Pabllo Vittar, que viralizou nas redes sociais. No entanto, a cobertura midiática não tem reconhecido adequadamente a contribuição cultural do tecnomelody do Pará para o sucesso da canção.

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A versão paraense, enraizada na cultura musical local, é conhecida pelo famoso “pey pey pey” e continua a ser um sucesso constante nas festas de Belém e do interior do estado. No Spotify, a música figura nas playlists de músicas virais em países como Colômbia, Peru e Argentina, ocupando a terceira posição em todos. A faixa já alcançou quase 17 milhões de reproduções na plataforma de streaming, enquanto no YouTube soma 12,5 milhões de visualizações.

Pabllo Vittar regravou a canção, adaptando-a de versões anteriores do tecnobrega e forró que marcaram sua infância. Embora a nova versão esteja ganhando destaque global, parte do sucesso da música está sendo ofuscada pela cobertura midiática nacional, que não reconhece a contribuição cultural do tecnomelody do Pará para o sucesso da canção.

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