DENÚNCIA

Insegurança ronda o Comércio de Belém

No Centro Comercial de Belém e áreas adjacentes, a sensação de insegurança ainda faz parte do cotidiano de quem trabalha por lá e pelos consumidores que precisam adquirir produtos e serviços no lugar. Ainda mais nessa época do ano, quando, mesmo em tempos de crise econômica, aumenta a movimentação nas venda e na procura por produtos devido, principalmente, às compras de final de ano. 

No espaço é perceptível o receio que muitas pessoas sentem de sofrer roubo, furto ou assalto, já que muitas delas andam apreensivas, olhando para vários lados e segurando a bolsa ou mochila na parte da frente do corpo, a fim de obter maior vigilância sobre os objetos. Mas há também outras pessoas que, aparentemente, não se mostram preocupadas nem se previnem da possibilidade de violência, já que andam com os acessórios nas costas ou na lateral.

“Eu ando sempre com a bolsa pra frente e olhando para um lado e para o outro. Quando tem muita gente passando assim eu seguro a bolsa. Nunca fui assaltada nem furtada aqui, mas já vi acontecer com várias pessoas aqui. Eu não fico abrindo muito a bolsa e sempre trago o dinheiro separado para comprar algo quando estou à vista de muita gente”, conta a estudante, que vai ao Centro Comercial toda semana”, conta a estudante de Gestão Hospitalar Geise Carneiro, 36 anos, que mora no bairro da Sacramenta.

A professora Suzane Teixeira, 36 anos, também toma alguns cuidados para evitar ser roubada, furtada ou assaltada no Centro Comercial, onde já foi vítima. “Eu não me sinto segura aqui, não. Venho porque preciso e poucas vezes. Uma vez já levaram meu cordão. Então, sempre que venho evito usar objetos e acessórios chamativos, coloco a bolsa e a seguro para a parte da frente do meu corpo. Na bolsa, coloco um celular pequeno e simples que tenho, pois deixo meu outro aparelho, que é melhor, em casa”, afirma a professora que foi ao lugar comprar tecidos e produtos litúrgicos.   

Jadson Colares, gerente de uma loja de confecções no Comércio, destaca que a segurança no Comércio no final de ano, especialmente, é importante para dar mais garantia aos comerciantes e clientes.

“Esse é um período em que as pessoas têm poder de compra melhor e querem vir ao Comércio comprar presentes. Assim, como tem muito fluxo de gente, há também pessoas que vêm para furtar, roubar ou assaltar. Então, é muito importante a segurança, mas ainda é deficitária nas ruas, pois falta mais policiamento ostensivo para verificar essas situações. Sempre a gente vê correrias por furtos. Na parte interna da loja, aumentamos nosso efetivo, fiscalização internar e orientação e treinamento sobre como nossos funcionários podem proceder em uma situação como essa”, conta Colares.  

Comerciantes e consumidores pedem que a polícia ande dentro do Comércio

Nessa época em que se aproxima das datas comemorativas do Natal e Ano Novo, os consumidores e comerciantes afirmam ficar mais preocupados com a questão da segurança no Comércio de Belém. Ainda segundo eles, pela área ao entorno do Comércio existe policiamento da Polícia Militar. No entanto, a atuação da polícia deveria se dar também, a pé, pela área de dentro do Comércio.

“Com a chegada das festas de fim de ano, fica maior o risco. Tem polícia, mas não aqui dentro do Comércio, só ao redor. O ideal era ter aqui dentro mesmo. Isso daria mais garantia, segurança e tranquilidade para os consumidores”, afirma Geise Carneiro, que foi ao Centro, na manhã desta segunda-feira (7), fazer compras para a mãe dela e deve ainda retornar ao lugar até o Natal.

“Estou desde 9h30 aqui e não vi nenhum tipo de segurança pública, mesmo com fluxo intenso de pessoas aqui. Se algo acontecesse comigo, acho que a única providência é prestar queixa, porque resolver mesmo ninguém vai resolver nem prender, porque não tem segurança”, reclama a professora Suzane, que mora em Benevides, na Grande Belém.

Especialista ensina como evitar doubos e furtos

Em situações que envolvem o deslocamento das pessoas pelo Centro Comercial, o especialista em Segurança Marcelino Vieira orienta que elas andem no meio das calçadas e nunca pelas laterais nem demonstrar que está à procura de alguém ou endereço.

“Sempre também estar com bolsas, mochilas, documentos, celulares e outros à frente do corpo. Nunca usar nas laterais e na parte de trás, porque alguém pode manipular com facilidade sem que a pessoa note”.

Outro ponto importante é nunca passar mensagem, não falar ao celular e não ficar distraído próximo de muita gente, o que, em tempos da pandemia, nem é recomendável. “Quando retiram alguma coisa da vítima, geralmente, são três a quatro pessoas que agem. E procurar andar rápido e tentar não demonstrar preocupação. Evitar parar para dar informação e lugar escuro ou isolado”, aconselha Vieira, que é professor do curso de Direito da Universidade da Amazônia.

Se for retirar algum valor em banco estando no Comércio, a orientação é observar se está sendo observado. “Geralmente, as pessoas subtraem valores quando a pessoa está a dois ou três quarteirões. Não ande com vários cartões, com muito dinheiro nem com senhas de acesso escritas. Tenha isso de forma memorizada. Só ande com o necessário. Então, muita atenção e ande ao meio da calçada”.

Caso seja abordado com alguém que esteja com arma de fogo, a orientação dele é sempre não reagir. “O cidadão que está abordando pode atirar e a pessoa, além de ser vítima do crime contra o patrimônio, será de lesão corporal e, possivelmente, de homicídio. Então, precisa ter cuidado com a abordagem, não reagir. Após a situação, entrar em contato com a polícia”.

Segup

A Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Pará (Segup) informa que a área do Centro Comercial de Belém é um dos locais que tiveram reforço no policiamento com a operação “Festas Seguras”, deflagrada no dia três de dezembro. A ação desenvolvida de forma conjunta por integrantes dos órgãos do Sistema de Segurança é realizada na Região Metropolitana de Belém e em mais 14 cidades que sediam as Regiões Integradas de Segurança Pública (Risps), como Altamira e Santarém, por exemplo, com um reforço no efetivo diário de mais 1,5 mil agentes, e ainda um total de 227 viaturas de duas e quatro rodas. A operação segue desde o último dia 3 até 4 de janeiro de 2021.

Polícia Militar

A Polícia Militar do Pará informa que na área do Comércio e adjacências estão sendo empregados 24 viaturas, 16 motos e 178 policiais ao longo do dia realizando os policiamentos de rádio patrulhamento, policiamento ostensivo a pé, policiamento montado, moto patrulhamento e inteligência.

Fonte O Liberal

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