
O número de infrações por ultrapassagens em locais proibidos aumentou no estado do Pará em 2024, conforme dados do Departamento de Trânsito do Estado (Detran-PA). As estatísticas apontam que, de janeiro até julho deste ano, foram registradas 7.971 autuações por ultrapassagem em faixa contínua pela contramão. Em 2023, no mesmo período, o número foi de 6.138.
Essas manobras são consideradas de alto risco, pois muitas vezes ocorrem em locais de difícil visibilidade e com tráfego nos dois sentidos. O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) proíbe esse tipo de ação quando há sinalização com linha amarela contínua, que indica perigo de colisão frontal.
Outras infrações relacionadas a ultrapassagens também registraram crescimento. As autuações em pontes, onde há menor espaço de manobra, passaram de 120 em 2023 para 260 neste ano. Já as ultrapassagens pelo acostamento, proibidas por lei e permitidas apenas em situações emergenciais, subiram de 233 para 243.
Além das infrações, os dados revelam um aumento no número de colisões. Foram contabilizados 21.950 acidentes com choque entre veículos em 2024, ante 21.333 no ano anterior. As manobras irregulares, como mudança brusca de faixa ou ultrapassagens em locais não permitidos, também cresceram: de 2.316 para 3.012 ocorrências, o que representa um aumento de 29,6%.
Segundo o CTB, os artigos 202 e 203 classificam essas infrações como gravíssimas. As penalidades incluem multa no valor de R$ 2.934,70, suspensão da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e sete pontos no prontuário do condutor. Para ultrapassagens pelo acostamento, a multa é de R$ 1.467,35.
O Detran-PA informou que intensificou as ações de fiscalização e segue promovendo campanhas educativas com foco na redução de acidentes. Para o diretor técnico operacional do órgão, Bento Gouveia, a postura do motorista é determinante.
“A ultrapassagem feita de forma indevida amplia as chances de acidentes com vítimas. Mesmo nos locais permitidos, o condutor deve avaliar o tempo e o espaço disponíveis antes de iniciar a manobra”, explicou.
O órgão reforça que a responsabilidade individual no trânsito é fundamental para a prevenção de acidentes.
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