Inaugurado primeiro memorial de homenagem aos mortos pela Covid-19 em cemitério do Rio de Janeiro
Um memorial, com cerca de três toneladas, de homenagem às vítimas da Covid-19 foi inaugurado no domingo, 21, em um cemitério do Rio de Janeiro, onde estão sepultadas várias vítimas da pandemia do novo coronavírus.
O Memorial Infinito, uma fita ondulante em aço com cerca de 39 metros de comprimento, foi concebido em homenagem a todos os que morreram devido ao novo coronavírus e para dar às famílias um símbolo da sua perda, numa das cidades do Brasil mais afetadas pela pandemia da Covid-19.
A escultura é feita de aço oxidado, tem 39 metros de comprimento e pesa quase três toneladas. Ao longo do monumento, é possível ler o nome de vítimas da doenças.
O memorial, onde serão inscritos os nomes de quatro mil vítimas mortais da Covid-19, foi desenhado pela arquiteta brasileira Crisa Santos, que teve a ideia de construir a peça no pico da pandemia, depois de visitar vários cemitérios em várias zonas do País.
“A idealização da obra a céu aberto foi para oferecer um local em que os visitantes possam meditar e se conectar com quem partiu. Isso ajuda a ressignificar a morte, especialmente na pandemia, que inviabilizou as despedidas. Que ele seja uma peça importante na passagem, não simplesmente mais um número”, disse Crisa.
O projeto, cuja concepção começou em junho e envolveu cerca de 50 profissionais de diversos estados e áreas de atuação, foi doado pelo Coletivo Crisa Santos Arquitetos à direção do Cemitério da Penitência. O cemitério, que fica localizado na área portuária do Rio de Janeiro, pagou R$ 300 mil pelo material e execução da obra.
O estado do Rio de Janeiro ultrapassou no sábado, 19, 17.600 mortes e 250 mil casos confirmados de Covid-19.