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Ibovespa mantém queda acentuada e caminha para pior fechamento do ano; dólar é negociado a R$ 5,72

Aos poucos o Ibovespa se afasta das mínimas do dia, mas segue com queda expressiva na tarde desta sexta-feira. Investidores monitoram possíveis desdobramentos no governo, depois que secretários do Ministério da Economia pediram demissão, logo após a aprovação do texto que muda o cálculo do teto de gastos na comissão especial da PEC dos precatórios. Novamente, a permanência de Paulo Guedes no Ministério da Economia esta sendo questionada pelos investidores – a imprensa chegou a veicular que o ministro havia pedido demissão.

Com as articulações para que o teto do orçamento acomode o Auxílio Brasil, benefício que não deve sair por menos de R$ 400 por família, houve uma debandada do Ministério da Economia, incluindo a saída de Bruno Funchal, agora ex-secretário especial do Tesouro e do Orçamento. O cenário fiscal fica ainda mais nebuloso com um possível auxílio, também de R$ 400, para os caminhoneiros.

Com esses temores, o Ibovespa chegou a recuar quase 5% e encostar nos 102 mil pontos. Agora, mesmo reduzindo perdas, pode renovar a menor pontuação de fechamento do ano, caso continue nessa toada até o encerramento dos negócios.

Às 13h11 (horário de Brasília), o Ibovespa recuava 3,25% aos 104.231 pontos. O Ibovespa futuro para dezembro de 2021 caía 3,37% aos 105.025 pontos.

O dólar comercial continua subindo forte e avança 1,02% a R$ 5,725 na compra e R$ 5,726 na venda. O dólar futuro para novembro de 2021 avança 1,18% a R$ 5,733.

Os juros futuros voltam a subir forte hoje, com o sentimento de que o Banco Central deve fazer ajustes mais severos na Taxa Selic. Nos vencimentos mais curtos, o DI para janeiro de 2022 já projeta juros acima de 8%. O DI para janeiro de 2023 tinha alta de 58 pontos-base, a 11,16%; DI para janeiro de 2025 subia 59 pontos-base a 12,09%; e o DI para janeiro de 2027 registrava alta de 56 pontos-base, a 12,34%.

Correção no teto dos gastos

A comissão especial que analisa a PEC dos precatórios concluiu na noite da véspera a votação do texto que adia o pagamento de parte das dívidas judiciais do governo e altera a regra de correção do teto de gastos. Combinadas, as mudanças vão abrir R$ 83,6 bilhões no teto em 2022, segundo cálculos do governo, segundo o Broadcast. O governo Jair Bolsonaro terá esse espaço à disposição no ano em que o presidente buscará a reeleição.

A votação dos destaques não resultou em nenhuma nova alteração no texto, que deve ir a plenário na semana que vem. Ao final da sessão, o relator, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), disse que a decisão de mexer nas regras para assegurar um pagamento de R$ 400 até dezembro de 2022 a 17 milhões de famílias do Auxílio Brasil é política.

Com informações InfoMoney

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