O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, falou de sua visão sobre o futuro do petróleo, ressaltando que “está com os dias contados”, sinalizando a necessidade urgente de buscar alternativas energéticas renováveis. No entanto, ele reconhece a probabilidade de o Brasil precisar explorar o petróleo na Margem Equatorial, defendendo que tal exploração seja conduzida com responsabilidade ambiental.
A Margem Equatorial, considerada uma aposta para a renovação das reservas brasileiras de petróleo, abrange cinco bacias petrolíferas, desde o Rio Grande do Norte até a fronteira com a Guiana Francesa. O ministro Haddad enfatizou a importância de avançar na exploração dessa região, enfrentando entraves associados a questões ambientais.
Essa perspectiva foi apresentada no contexto do Plano de Transição Ecológica, que o ministro lançou como parte do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O plano visa abordar questões ambientais, regulamentar o mercado de carbono, emitir títulos sustentáveis e reformular o Fundo Clima para financiar inovação tecnológica e sustentabilidade.
Contudo, essa abordagem enfrenta resistências dentro do próprio governo, com discordâncias acentuadas entre o Ministério de Minas e Energia e o Ministério do Meio Ambiente. O impasse gira em torno da exploração de petróleo na Margem Equatorial pela Petrobras, destacando a complexidade e a sensibilidade das questões ambientais associadas a essa exploração.
Enquanto o governo debate as melhores formas de equilibrar interesses econômicos e ambientais, uma pesquisa realizada junto aos deputados federais revela diferentes visões sobre a exploração na Foz do Amazonas.