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Depois da decisão de continuar processo de impeachment, Witzel deve deixar palácio do governo

Em dezembro de 2018, a dois dias da posse, o então governador eleito do Rio de Janeiro, Wilson Witzel , deixava no ar a dúvida sobre onde iria morar durante seu mandato. Na campanha, o ex-juiz federal havia dito que não ocuparia a residência oficial, o Palácio Laranjeiras, no bairro das Laranjeiras, no Rio de Janeiro. Quase dois anos depois, o agora governador afastado terá de cumprir a promessa, por força maior.

Impeachment – O Tribunal Especial Misto que julga seu processo de impeachment decidiu na quinta-feira, 5, dar continuidade ao rito. E foi além. Determinou que Wilson Witzel deixe o palácio, onde vive com a mulher e três filhos. Além disso, deputados e desembargadores aceitaram um pedido da Assembleia Legislativa, aprovado em setembro, de redução de um terço de seu salário, que cairá de R$ 19,6 mil para R$ 13,1 mil.

Na avaliação do cientista político Paulo Baía, a decisão simboliza a fragilidade de Witzel no processo: “Durante o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, ela foi autorizada a permanecer no Palácio da Alvorada até o último dia. Por similitude, esperava-se que o mesmo aconteceria com Witzel , mas não foi o que vimos. Essa decisão é um duro e inesperado golpe para o governador afastado”.

No mês passado, a Justiça do Rio negou um pedido feito por um advogado, em uma ação popular, para que a família Witzel fosse despejada do palácio. Foi lembrado que a decisão do STJ que afastou o governador de suas funções, em agosto, autorizou sua permanência no imóvel. A defesa foi feita por sua mulher, Helena.

Despejo – A decisão de dar prosseguimento ao processo de impeachment foi unânime (dez a zero). Já a proposta do relator, deputado Waldeck Carneiro (PT), de despejar a família Witzel do Palácio Laranjeiras teve seis votos favoráveis e quatro contrários. Ele comunicou que pretende entregar o acórdão na próxima segunda-feira, 8. A partir da publicação, será iniciado um prazo de dez dias para a desocupação do palácio e de 20 para a apresentação da defesa do governador afastado.

Os advogados de Wilson Witzel não responderam se pretendem recorrer da decisão de despejar o governador afastado e sua família do Palácio Laranjeiras. Procurada, a assessoria de imprensa de Witzel também não se manifestou. A assessoria de imprensa do Palácio Guanabara informou que não se pronunciaria sobre o tema.

O provável destino da família Witzel é uma casa na rua Professor Valadares, no Grajaú, que o governador afastado afirma ser seu “único patrimônio”.

O desfecho do julgamento de Witzel, no entanto, só deverá ocorrer no ano que vem. Isso porque o presidente do Tribunal de Justiça do Rio e do tribunal misto, desembargador Cláudio de Mello Tavares, colocou em dúvida o prazo final do rito, previsto para janeiro. Segundo ele, se for aprovada a produção de provas periciais, a conclusão dos trabalhos poderá demorar mais.

Fonte: Último Segundo/ IG

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