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Delegado do Pará é investigado por violência doméstica contra a esposa, também delegada

Corregedoria da Polícia Civil abre procedimento após medidas protetivas concedidas à esposa, que também é delegada.

A Corregedoria-Geral da Polícia Civil do Pará abriu procedimento administrativo para investigar uma denúncia de violência doméstica contra um delegado. A apuração começou após a Justiça conceder medidas protetivas à esposa do policial, que atua na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), em Belém. A instituição informou nesta segunda-feira (8) que cumpriu a decisão judicial e iniciou o processo interno.

Medidas protetivas e restrições definidas pela Justiça

A decisão judicial determinou o afastamento imediato do delegado do ambiente familiar. Ele está proibido de se aproximar da esposa, de testemunhas e de familiares a menos de 100 metros. Também está impedido de acessar locais frequentados pela vítima, como residência e academia.

O porte de arma foi limitado exclusivamente ao exercício das funções policiais, medida adotada para preservar a segurança da denunciante durante a investigação.

Denúncia formal e histórico relatado

A denúncia foi registrada em 15 de novembro. No relato apresentado à Justiça, a delegada descreveu um relacionamento de quase 30 anos marcado por conflitos e situações de violência psicológica e moral. Ela afirmou que episódios de agressões físicas já haviam ocorrido, mas não foram formalizados anteriormente por medo e dificuldade de denunciar.

Descrição do episódio que motivou a denúncia

Segundo o relato, o episódio mais recente ocorreu durante uma discussão doméstica. A vítima tentou registrar a situação com o celular, mas teria sido impedida pelo marido, que tentou tomar o aparelho. Durante a ação, ela relata ter sido empurrada, ter a roupa rasgada e sofrer escoriações ao bater em um móvel.

Ao se afastar, teria caído e lesionado o punho. O filho do casal e uma funcionária da casa presenciaram o ocorrido. O delegado também teria pegado o celular da esposa e apagado possíveis registros da agressão.

Após o episódio, ele ainda teria ameaçado o filho e danificado objetos na residência.

O caso segue em análise na Corregedoria-Geral da Polícia Civil.

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