Está previsto para o próximo dia 15 de agosto o desembarque de uma delegação internacional formada por ativistas e políticos de esquerda para pressionar contra a construção da Ferrogrão, ferrovia que liga o Mato Grosso e Pará para exportação de soja e milho.
A ferrovia, de cerca de 1.000 km de extensão, ligaria Sinop (MT), um dos pólos produtores de soja no Brasil, ao porto de Miritituba (PA).
A comitiva que virá ao Brasil faz parte da Internacional Progressista, entidade criada em 2020 pelo senador americano Bernie Sanders e pelo ex-ministro das Finanças da Grécia Yanis Varoufakis, e que reúne políticos, ativistas e celebridades de diferentes países.
No Brasil, um dos integrantes da entidade é Fernando Haddad (PT), ex-prefeito de São Paulo. Outros membros são o linguista Noam Chomsky (EUA), o ex-presidente do Equador Rafael Correa, o ator Gael García Bernal (México), o ex-vice-presidente da Bolívia Álvaro García-Linera, a primeira-ministra da Islândia, Katrín Jakobsdóttir e a escritora Naomi Klein (Canadá).
Deverão aterrissar no Brasil parlamentares de países como Espanha e Alemanha, lideranças indígenas dos EUA, ativistas ambientais e sindicalistas, de acordo com o economista americano David Adler, coordenador-geral da organização.
“Vamos com uma ambição clara: queremos derrotar esse projeto. Se houver atenção e escrutínio internacionais, podemos enterrar a Ferrogrão”, diz Adler.
A delegação da Internacional Progressista deve ficar no Brasil durante seis dias, e incluir encontros em Brasília, Santarém e Belém.
Em postagem no Twitter, o ministro da Infraestutura, Tarcísio Gomes de Freitas, rebateu os argumentos contrários e defendeu a obra.