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Cubanos vão às ruas contra ditadura comunista

Com gritos de “liberdade” e “abaixo a ditadura!” milhares de cubanos foram às ruas em diversas cidades do país para protestar contra o regime comunista que domina o cenário político e econômico do país em mais de 50 anos.

“Isso é pela liberdade do povo, não podemos aguentar mais. Não temos medo. Queremos mudança, não queremos mais ditadura”, disse uma Cubana à BBC.

Em vídeos que circulam pela internet, é possível ver cubanos gritando contra a miséria e escassez que assolam a ilha, que foram agravadas devido a pandemia da Covid-19. Essas são as maiores manifestações contra o governo desde maleconazo de 1994, os protestos massivos na capital cubana que marcaram a década de noventa.

Os protestos começaram na cidade de San Antonio de los Baños, a sudoeste de Havana, e se espalharam para outras cidades, de Santiago de Cuba, no leste, até Pinar del Río, no oeste.

“Vimos o protesto em San Antonio e as pessoas começaram a sair às ruas. Este é o dia, não aguentamos mais”, disse um jovem por telefone.

“Não há comida, não há remédio, não há liberdade. Eles não nos deixam viver. Já estamos cansados”, acrescentou.

O presidente cubano Miguel Díaz-Canel fez um pronunciamento imediato na televisão, culpando os Estados Unidos e sua política de sanções pela piora da situação econômica e por incentivar os protestos. “Convocamos todos os revolucionários, todos os comunistas para que saiam às ruas e vão aos lugares onde acontecerão essas provocações”, disse.

“Não vamos admitir que nenhum contra-revolucionário, nenhum mercenário, nenhum vendido ao governo dos Estados Unidos, vendido ao império, recebendo dinheiro das agências, se deixando levar por todas as estratégias de subversão ideológica, desestabilize nosso país”, adicionou.

Mais de cem pessoas foram detidas pela polícia por exigir mais liberdade. Veículos policiais foram agredidos quando alguém estava sendo levado embora, um fotógrafo espanhol da Associated Press (AP) foi atacado por policiais em meio à confusão.

Os protestos em Cuba são muito incomuns e, quando ocorrem, são reprimidos de forma violenta pelo governo comunista.

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