Crise do lixo em Belém: Dívida de R$15 milhões leva a suspensão de coleta e ruas são tomadas por resíduos
A crise do lixo em Belém atingiu um novo patamar nesta semana, quando a empresa Guamá Tratamentos, responsável pela administração do Aterro de Marituba, suspendeu temporariamente a coleta de resíduos da capital paraense. Essa suspensão ocorreu devido a uma dívida de R$15 milhões que a Prefeitura de Belém tinha com a empresa.
O impacto da suspensão foi sentido imediatamente pelas ruas da cidade, com montanhas de lixo se acumulando em diversas áreas. A entrada de caminhões de lixo da cidade só foi autorizada novamente por volta das 21 horas do mesmo dia, após a empresa e a Prefeitura chegarem a um acordo, conforme anunciado pela Guamá Tratamentos em comunicado oficial.
Por outro lado, a prefeitura de Belém tentou justificar a dívida, alegando que os atrasos nos pagamentos aconteceram devido à crise fiscal que afeta os municípios. Essa crise fiscal tem sido um desafio enfrentado por várias cidades em todo o país.
No entanto, na manhã seguinte, moradores relataram a presença de grandes pilhas de lixo nas ruas e avenidas da cidade, aguardando serem recolhidos. A situação preocupante deixou a população local incomodada e agravou a problemática questão do acúmulo de resíduos na capital.
É importante lembrar que, na semana anterior, o prefeito Edmilson Rodrigues atribuiu a crise do lixo a diversos fatores, incluindo o Sindicato dos Carroceiros de Ananindeua, políticos locais, o ex-presidente Jair Bolsonaro e administrações anteriores. No entanto, a responsabilidade do próprio prefeito na gestão dos resíduos da cidade tem sido alvo de críticas da população, que espera por uma solução eficaz para o problema do lixo em Belém.