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COSANPA vira vergonha: Folha de São Paulo faz matéria mostrando precariedade do serviço em Ananindeua

Uma extensa matéria publicada pela Folha de São Paulo expôs as deficiências no serviço de água e esgoto em Ananindeua, na região metropolitana de Belém, evidenciando a ineficiência estatal para fornecer um serviço básico e indispensável à população. A Companhia Estadual de Saneamento do Pará (COSANPA) é responsável pelo saneamento no município e tem sido alvo de críticas devido à sua incapacidade de gerar lucro, à falta de investimentos e à má gestão que resultaram em péssimos índices de saneamento.

Segundo a reportagem, moradores de bairros periféricos e negligenciados enfrentam sérios problemas de abastecimento de água, recorrendo a medidas extremas, como a coleta manual em poços ou a utilização de água da chuva. Em Ananindeua, apenas 42,74% da população é atendida pelo serviço de abastecimento de água, o que coloca a cidade em uma posição desfavorável no ranking nacional.

No bairro Curuçambá, os moradores enfrentam períodos prolongados sem água nas torneiras, chegando a até 15 dias sem o fornecimento do recurso. Em áreas mais periféricas, como a Ocupação Nova Estrela, a situação é ainda mais crítica, com a ausência de infraestrutura básica de saneamento, levando os residentes a depender de poços artesianos ou improvisados para obter água.

Apesar dos esforços da COSANPA em buscar financiamento para projetos de saneamento, como o empréstimo junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), os problemas persistem. A situação é ainda mais preocupante para comunidades indígenas, como os waraos venezuelanos, que enfrentam condições precárias de vida, incluindo falta de acesso a água potável e saneamento básico adequado.

Os dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) de 2022 revelam que a região Norte do Brasil apresenta os piores indicadores de acesso à água e esgoto, com apenas 64,2% da população atendida por rede de água e 14,7% por rede de esgoto. Esses números destacam a urgência de medidas eficazes para melhorar o saneamento na região e garantir um direito básico à população.

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