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Corpos achados em barco à deriva serão sepultados em Belém

A Polícia Federal (PF) anunciou que os nove corpos descobertos em um barco à deriva no Pará serão temporariamente sepultados em Belém enquanto os esforços de identificação das vítimas estão em andamento. A medida visa proporcionar um local digno de repouso até que as identidades sejam confirmadas e as famílias notificadas de forma oficial.

A embarcação foi localizada por pescadores no último sábado (13/4), próximo a Bragança (PA), apresentando diversos corpos em avançado estado de decomposição. A perícia, envolvendo mais de 30 profissionais, adotou o padrão internacional de identificação de vítimas de desastres da Interpol para realizar as análises.

Existem indícios que sugerem que o barco possa ter partido da Mauritânia, na África, e tenha sido desviado para o Brasil devido à ação de correntes marítimas. Apesar de apenas nove corpos terem sido encontrados, a PF estima que a embarcação transportava pelo menos 25 pessoas.

De acordo com a PF, a complexidade da migração de pessoas provenientes de países africanos, aliada à ausência de dados estruturados, dificulta a previsão do prazo para identificação dos corpos. A corporação assegura que está dedicando todos os recursos disponíveis para realizar o processo de identificação o mais rapidamente possível.

Os dados coletados durante a perícia foram encaminhados a Brasília (DF), onde o Instituto Nacional de Criminalística e o Instituto Nacional de Identificação da Polícia Federal darão continuidade ao processo de identificação. Essa etapa conta com o apoio da Interpol e de outras organizações internacionais.

Os procedimentos de identificação seguem uma sequência rigorosa, incluindo exames radiológicos, análise de vestimentas, pertences, documentos e adereços, coleta de material para exames de DNA e de isótopos estáveis, exames odontolegais, análise papiloscópica e verificação de documentos e controle de qualidade.

Além dos corpos, foram recolhidas 25 capas de chuva no interior da embarcação, bem como 27 telefones celulares, que serão submetidos a exames periciais no Instituto Nacional de Criminalística. As informações obtidas dos chips e cartões de memória serão cruciais para identificar os ocupantes do barco e esclarecer os eventos que levaram a essa trágica situação.

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