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Corda que será usada nas procissões do Círio de Nazaré 2022 chega a Belém

A corda que será usada no Círio de Nossa Senhora de Nazaré 2022 chegou em Belém na manhã desta quinta-feira dai 22, após mais de 15 dias de viagem. Por volta das 10 horas, o artigo religioso foi descarregado na Estação Padre Luciano Brambilla – antiga Estação dos Carros -, no estacionamento da Basílica Santuário de Nazaré. Os 800 metros, que serão divididos em duas procissões, foram recebidos por fiéis e pela diretoria da festa. A novidade deste ano é que o artefato ganhou argolas em aço mais resistentes, o que facilitará o traslado durante as romarias.

O momento foi de emoção pelo retorno dos eventos tradicionais que antecedem o Círio. Depois de dois anos, devido a pandemia da covid-19, a corda ficou apenas em exposição nas paróquias. Ela é utilizada na festa desde 1885 e foi produzida no estado de Santa Catarina, na cidade de Penha, a uma distância de 3.472 km da capital paraense. O símbolo de fé dos devotos é feito de sisal e já veio adaptado para as estações que carregam a berlinda, tendo cerca de 50 metros em cada parte, que separam as estações. 

O diretor-coordenador do Círio 2022, Antônio Salame, destaca que a volta às ruas da corda é motivo de comemoração e a grande novidade da edição deste ano da festa. “A gente vai poder tocar na corda, atrelar na berlinda. Então, acredito que para todos nós que vivemos o Círio de Nazaré desde criança e temos isso enraizado nas nossas veias, é poder voltar a ver a corda atrelada, simbolizando nosso compromisso de nos mantermos unidos a Nossa Senhora e seu filho Jesus”, diz.

Uma revisão para testar a segurança da corda está marcada para o próximo sábado, dia 24 A ação será da Diretoria da Festa de Nazaré (DFN) em parceria com a Guarda de Nazaré, a partir das 15h, no colégio Santa Catarina de Sena, em Nazaré. O objetivo, como explica o diretor-coordenador da festa, é inspecionar os pedaços. “Além de medir cada um, confirmar a medida, verificar se tem alguma falha, a ligação dela com as argolas. Aí, a gente etiqueta qual corda vai para cada estação. É feita essa etiquetagem, medição e inspeção”, concluiu Antônio Salame.

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