A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) passou a aplicar a bandeira tarifária amarela a partir de maio de 2025. A mudança gera um custo adicional de R$ 1,885 a cada 100 kWh consumidos e deve impactar diretamente o valor final das contas de luz no Pará. A medida é preventiva e está relacionada ao cenário hidrológico nacional.
Com o novo valor, o acréscimo médio para consumidores paraenses varia entre R$ 5 e R$ 16,21, conforme estimativa de economistas. O impacto é mais perceptível para famílias que consomem entre 400 e 600 kWh por mês, faixa comum no estado. Pequenos negócios e consumidores de baixa renda também devem ser afetados.
Segundo a Associação Brasileira de Consumidores de Energia (Abrace), a média da fatura residencial no Pará era de R$ 216,09 em dezembro de 2024. Com a bandeira amarela, esse valor pode subir para até R$ 232,30. A situação reacende o debate sobre os custos da energia elétrica na Região Norte e os efeitos sobre a renda das famílias.
Consumo no Pará
O consumo residencial médio no estado varia de 270 a 530 kWh mensais. A nova tarifa incide proporcionalmente sobre esse consumo, o que pressiona o orçamento principalmente de famílias com menor poder aquisitivo. Com a incidência da bandeira, uma residência com consumo de 500 kWh terá aumento aproximado de R$ 9,42 na conta mensal.
Como reduzir o consumo de energia
Diante do reajuste, o Inmetro e a própria Aneel indicam práticas de economia para amenizar o impacto. Confira algumas orientações:
- Aproveitar a luz natural: manter janelas e cortinas abertas durante o dia;
- Desligar aparelhos da tomada: evitar o modo stand-by em eletrodomésticos;
- Evitar abrir a geladeira repetidamente: isso eleva o consumo energético;
- Utilizar o ar-condicionado de forma controlada: manter o ambiente fechado e a temperatura entre 23 °C e 25 °C;
- Lavar roupas com carga total: reduzir a quantidade de ciclos na lavadora;
- Passar roupa de uma vez só: ligar o ferro com menos frequência economiza energia;
- Usar o chuveiro na função “verão”: especialmente em estados com clima quente, como o Pará;
- Investir em eletrodomésticos com selo Procel A: equipamentos mais eficientes;
- Apagar luzes desnecessárias: hábito simples que reduz o consumo diário;
- Avaliar a instalação de sistemas de energia solar: solução para quem tem recursos para investimento inicial.
A bandeira tarifária é uma ferramenta que sinaliza os custos de geração de energia. Em períodos de menor oferta hídrica, como o atual, há uso maior de fontes mais caras, o que justifica a cobrança adicional temporária.
Com informações de Oliberal.com
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