O cantor Compadre Washington, integrante do grupo É o Tchan, foi acusado de transfobia após uma interação com uma fã durante um show em Belém no último dia 8. O episódio ganhou repercussão nas redes sociais nesta quarta-feira (19), gerando críticas ao comportamento do artista.
Durante a apresentação, Compadre Washington convidou ao palco uma jovem que se apresentou como “Realeza Ketlen, a única do leque”. No entanto, o cantor insistiu repetidamente para que ela revelasse seu nome de batismo, ignorando o nome social informado. Apesar de reafirmar seu nome como Ketlen, a fã acabou cedendo à pressão e revelou o nome de registro, o que foi celebrado pelo cantor com comentários como: “Aí, sim! Falou a verdade! Mentira tem perna curta”.
O momento, registrado em vídeo, viralizou nas redes sociais e gerou indignação entre os internautas. “Constrangedor e desrespeitoso”, comentou um usuário. Outro destacou: “Mais uma vez, transfobia sendo tratada como brincadeira”.
Diante da repercussão negativa, Compadre Washington se pronunciou na manhã desta quinta-feira (20) em seu perfil no Instagram, pedindo desculpas pela atitude. “No show no Pará, fiz uma brincadeira que passou do tom. No mundo de hoje, isso não cabe mais. As coisas evoluíram e essas brincadeiras já não têm espaço”, afirmou o cantor. Ele ainda direcionou um pedido de desculpas à fã e ao público: “Quero pedir desculpas à Ketlen e a todas as pessoas que se incomodaram. Desculpa aí”.
O uso do nome social é um direito garantido por lei no Brasil e assegura o respeito à identidade de gênero. A legislação prevê que órgãos públicos devem reconhecer o nome social e proíbe o uso de expressões discriminatórias para se referir a pessoas trans.
