Usando o trecho do hino da independência do Brasil ‘Ou ficar a pátria livre ou morrer pelo Brasil’, apoiadores do presidente Jair Bolsonaro se organizam para ganhar as ruas de Belém na próxima terça-feira, dia 07, data comemorativa da independência brasileira.
Em Belém, a programação oficial vai iniciar às 8h30, na Escadinha do Cais do Porto, na Estação das Docas, no início da avenida Presidente Vargas, e depois seguirá até as proximidades da Praça da República, na mesma rua, em passeata.
De acordo com grupos de direita que organizam o evento, o objetivo do evento é mobilizar o maior número possível de apoiadores para mostrar que “o presidente não está sozinho e que tem a nossa permissão para fazer o necessário pelo país”.
“Este é um momento histórico, que o nosso presidente Jair Bolsonaro precisa do apoio de todos os patriotas, para que se faça cumprir a Constituição Federal, que está sendo rasgada todos os dias”, afirma o deputado estadual Caveira.
O Supremo Tribunal Federal (STF) deve ser um dos pontos de críticas dos manifestantes. Neste ano, dois apoiadores do presidente que incitaram ataques contra a Corte, o deputado federal Daniel Silveira (PSL) e o presidente do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), Roberto Jefferson, foram presos a mando do STF.
“Temos um ministro do STF instaurando inquéritos e mandando prender pessoas por suas opiniões. Saibam que o deputado federal Daniel Silveira está preso mesmo possuindo imunidade, que lhe garante suas opiniões. O Brasil precisa ser passado a limpo e, para que isso aconteça, é necessário lavarmos a bandeira e retirar qualquer gotícula vermelha que ainda mancha nosso pavilhão nacional”, diz Caveira.
Outro ato marcado para o mesmo dia é a “Marcha pela Liberdade” organizada pela igreja evangélica Assembleia de Deus no estacionamento do Mangueirão. O pastor Philipe Câmara diz que o ato não é contra ninguém, mas a favor do país.
“Nós amamos o Brasil e, por onde passamos, ele é conhecido como um povo feliz, livre, que pode se expressar, expressar sua opinião, sua fé. E estamos observando, esses dias, algumas liberdades serem desafiadas. Como amamos a Pátria, tem coisas que defendemos com unhas e dentes, uma delas é a liberdade. Por isso queremos defender nosso direito de se expressar e manifestar nossa fé de forma livre”, argumenta o líder religioso.