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Com asfalto desnivelado e sem acessibilidade, religioso improvisa rampa na Almirante Barroso

A cidade de Belém tem sérios problemas de acessibilidade para pessoas com alguma deficiência, seja ela passageira ou não. As calçadas são despadronizadas, na maioria das vezes são estreitas,quando não, simplesmente inexistem. Quando existem, são grandes as chances de surgir algum obstáculo, como carros estacionados irregularmente ou ocupação de comércio informal.

Não é à toa que a cidade tem as piores calçadas entres as capitais brasileiras, de acordo com pesquisa do Portal Mobilize. O estudo analisou pontos como a qualidade do piso, largura do passeio, inclinação e degraus e a existência de barreiras e rampas de acessibilidade. A partir desses quesitos, as cidades recebem uma nota que varia de 0 (piores calçadas) a 10 (melhores calçadas). A nota de Belém foi de 4,52, sendo a capital com menor nota e que não conseguiu sequer atingir pontuação regular. Na outra ponta, São Paulo conseguiu atingir o melhor desempenho entre todas as capitais brasileiras com nota de 6,93, porém ainda longe da média mínima satisfatória.

LEIA MAIS: Belém é a capital brasileira com as piores calçadas

Não é preciso nem ser especialista para constatar isso. Pelas ruas da cidade, é comum o uso de grades de ferro como rampa entre asfalto e a calçada devido aos grandes valões de esgoto formados pela camadas sobrepostas de asfalto. Ao invés de ter rampas nas calçadas, como bem diz o manual do bom urbanismo, em Belém opta-se por essas grades (que acabam acumulando lixo).

Na Almirante Barroso, um religioso da Igreja Messiânica, cansando de ver vários pessoas se machucarem em função do “gap” entre as camadas sobrepostas de asfalto da avenida e o meio-fio, resolveu fazer uma rampa de madeira, de modo a facilitar a vida de pessoas com mobilidade reduzida quando atravessam.

A rampa de madeira foi colocada dentro da sarjeta. O problema é que essa solução, apesar da boa intenção, pode atrapalhar o escoamento da água durante as chuvas, no entanto, não deixa de ser simbólica já que, para prefeitura de Belém, acessibilidade nas calçadas não é prioridade.

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