
Desde o dia 12 de agosto, o Banco do Pará (Banpará) enfrenta uma crise sem precedentes que afetou profundamente milhares de correntistas e beneficiários de programas sociais no estado. A falha, que impediu o acesso a serviços essenciais, gerou um colapso no atendimento e trouxe à tona questões estruturais sobre a gestão e a capacidade de resposta da instituição, administrada pelo governo de Helder Barbalho.
Após o início do problema, o Banpará emitiu uma nota no dia 13 de agosto informando que “equipes atuam para o retorno do atendimento o mais breve possível”. Entretanto, apesar do anúncio de normalização dos serviços feito pela instituição no dia 15 de agosto, muitos clientes continuaram a relatar dificuldades para acessar suas contas até o final da tarde, aumentando o descontentamento e a frustração entre a população.
A vice-presidenta do Sindicato dos Bancários do Pará, Vera Paoloni, criticou a gestão do banco, destacando que apenas boa vontade não é suficiente para resolver a situação. “É preciso medidas urgentes e eficazes diante de um problema que não é novidade e com o passar do tempo só piora e adoece muitos colegas que estão sobrecarregados e sofrendo xingamentos e ameaças por parte de clientes e usuários insatisfeitos”, afirmou Paoloni.
Em resposta à crise, o Sindicato dos Bancários do Pará enviou um documento ao Banpará solicitando esclarecimentos sobre diversos pontos, incluindo as causas das interrupções no sistema, as medidas corretivas adotadas, a previsão de normalização completa dos serviços e o plano de contingência implementado para mitigar os impactos no atendimento ao público.
Segundo informações divulgadas pelo site Valor Econômico, investigações preliminares do banco indicaram a possibilidade de rompimento de cabos de fibra ótica como uma das causas do apagão. Posteriormente, surgiram rumores de que o problema poderia estar relacionado a falhas nas baterias que alimentam os servidores do Banpará.