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Círio 2023: Pela primeira vez, corda será sustentável e fabricada no Pará

Na história do Círio de Nazaré, uma das maiores e mais tradicionais procissões religiosas do Brasil, um marco será registrado em 2023. Pela primeira vez, a corda, um dos símbolos mais emblemáticos dessa celebração, é produzida inteiramente com matéria-prima paraense e de forma totalmente sustentável. O feito é resultado do trabalho da Companhia Têxtil de Castanhal (CTC), localizada no nordeste do Pará.

A corda, um dos elementos mais importantes do Círio de Nazaré, será entregue pelo governo estadual à Diretoria da Festa de Nazaré (DFN) nesta quarta-feira, 13 de setembro, na Estação Pe. Luciano Brambilla, na Basílica Santuário, em Belém.

Mais de uma tonelada de fibra de malva, cultivada por agricultores de mais de 20 municípios das Regiões de Integração Guamá e Guajará, foi utilizada durante o processo de fabricação. Desde o plantio das sementes até a colheita final, todas as etapas ocorreram em solo paraense. O projeto da CTC conta com o apoio do Governo do Pará, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Mineral e de Energia (Sedeme).

A corda tem aproximadamente 800 a 830 metros de comprimento e um diâmetro de 50 milímetros. Ela foi dividida em duas partes iguais, com 400 metros cada, destinadas à Trasladação e à procissão do segundo domingo de outubro. Além disso, a corda já foi adaptada às estações de metal que auxiliam no transporte das berlindas durante as romarias e ficará guardada até a vistoria da DFN, programada para 23 de setembro, no Colégio Santa Catarina de Sena.

O secretário adjunto da Sedeme, Carlos Ledo, enfatizou que a malva, matéria-prima escolhida, é conhecida por sua resistência superior ao sisal, e acrescentou que a corda deste ano será 10% mais resistente. Ele expressou satisfação pelo envolvimento das famílias na produção da matéria-prima, que agora se sentem parte integral do Círio de Nazaré.

A Companhia Têxtil de Castanhal recebeu a fibra de mais de 100 produtores dos municípios das duas regiões de integração. O diretor da CTC, Hélio Meireles, explicou o processo de produção, que envolveu a entrega da semente aos trabalhadores da agricultura familiar, seguida pela produção da fibra, classificação e, finalmente, a transformação em corda, de acordo com as diretrizes da diocese.

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