Cinco mil brasileiros receberam vacina de Oxford sem apresentar reações adversas
A vacina contra covid-19 desenvolvida pela Oxford e AstraZeneca está sendo testada em 5 mil brasileiros. Muitos já receberam a 2ª dose da substância e não houve notificação de efeitos adversos. Foi o que informou a Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) na terça-feira, 8.
A universidade, responsável por coordenar o estudo no Brasil, fez a declaração depois que a empresa AstraZeneca suspendeu os testes para reavaliar a segurança da substância. Um dos voluntários do Reino Unido apresentou efeitos adversos à vacina, que não foram detalhados.
O Ministério da Saúde também se pronunciou. A pasta afirmou que “A pausa no estudo significa que não haverá inclusão, neste momento, de novos participantes. Entretanto, aqueles já incluídos seguem em acompanhamento para avaliação da segurança e eficácia”. A vacina é testada em cerca de 18 mil pessoas em todo mundo.
O Governo Federal abriu crédito de R$ 1,9 bilhão para adquirir 100 milhões de doses da vacina e a tecnologia para produzi-la no país. A expectativa era que o contrato fosse fechado no início de setembro e que a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) iniciasse a fabricação em abril de 2021.
Os testes permanecem suspensos enquanto o caso do paciente do Reino Unido é investigado. De acordo com o porta-voz da AstraZeneca, o procedimento é “uma ação rotineira”.
Veja a nota da Unifesp: “O estudo clínico da fase 3 da vacina de Oxford foi temporariamente pausado em todos os centros que participam dessa etapa, inclusive o Brasil, onde a pesquisa é coordenada pela Universidade Federal de São Paulo, através do Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais (Crie/Unifesp)”.
“A pausa, anunciada após a suspeita de evento adverso não esperado com um voluntário do Reino Unido, segue os padrões de segurança preconizados no protocolo do estudo da vacina de Oxford. Trata-se de uma prática comum em estudos clínicos envolvendo fármacos. O comitê de monitoramento de segurança do estudo analisa se o caso tem ou não relação com a vacina e assim que a análise for concluída, a fase 3 deve ser retomada.”
“No Brasil, o estudo envolve cinco mil voluntários e avança como o esperado. Muitos já receberam a segunda dose e até o momento não houve registro de intercorrências graves de saúde”.
Fonte: Poder 360