China aprova cloroquina, mas não hidroxicloroquina contra coronavírus
A Comissão Nacional de Saúde da China aprovou a cloroquina no tratamento de Covid-19, ao mesmo tempo que vetou o uso da hidroxicloroquina, numa sinalização ambígua que confunde o meio científico internacional em plena pandemia. Foi a primeira atualização que a comissão faz de suas “diretrizes de tratamento” desde março, e nela ressalva:
“Alguns medicamentos podem demonstrar um certo grau de eficácia para o tratamento em estudos de observação clínica, mas não existem medicamentos antivirais eficazes confirmados por ensaios clínicos duplo-cegos e controlados por placebo”.
Além da cloroquina, “outros medicamentos antivirais recomendados incluem interferon e arbidol, mas a ribavirina deve ser usada junto com lopinavir ou ritonavir”, publicou a comissão.
Por outro lado, a comissão publicou que “o uso de hidroxicloroquina não é recomendável”. Segundo o jornal South China Morning Post, “a China é o primeiro país a recomendar o uso de cloroquina para tratar pacientes com Covid-19”.
Entre as medidas recomendadas, está o uso da cloroquina, medicamento que combate a malária, que foi amplamente defendido pelo presidente Jair Bolsonaro como uma ferramenta de combate à doença, mas recebeu forte resistência da imprensa, pela falta de comprovação científica irrefutável da eficácia do remédio contra o SARS Cov-2.
A nova posição da comissão Nacional de Saúde da China tem maior relevância porque foi lá que começou o contágio da pandemia, em Wuhan, ainda no final do ano passado. A liberação da cloroquina foi recebida com surpresa inclusive na Organização Mundial de Saúde (OMS).
Fonte: Diário do Poder



