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Celso Sabino é expulso do União Brasil após permanência no Ministério do Turismo: “me excluíram por defender o Pará e o Brasil”

Decisão foi tomada pela Executiva Nacional após o ministro manter vínculo com o governo federal e descumprir orientação da sigla.

A Executiva Nacional do União Brasil oficializou, nesta segunda-feira (8), a exclusão do ministro do Turismo, Celso Sabino, e o cancelamento de sua filiação partidária. A decisão foi adotada após o ministro optar por continuar no governo federal, mesmo após a sigla determinar que seus filiados deixassem cargos na administração.

Em setembro, o partido orientou a saída de todos os integrantes que ocupavam funções no governo. Sabino chegou a protocolar pedido de demissão, mas retomou a decisão no início de outubro e afirmou que seguiria à frente do Ministério do Turismo. Desde então, passou a discordar publicamente de posições internas do União Brasil.

“Eu continuo achando que foi uma decisão equivocada e injusta. Interviram no diretório do Pará — seja por qual motivo for — beira o absurdo. Uma regra desrespeitada de cima para baixo.”

O ministro comunicou que pretende permanecer no cargo até abril de 2026, prazo estabelecido pela legislação eleitoral para quem deseja disputar as eleições. Ele avalia disputar uma vaga no Senado pelo Pará e afirma que o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva pode influenciar o projeto. Pesquisas recentes apontam que Sabino aparece entre os nomes competitivos no estado. “Vou continuar ao lado do presidente Lula ajudando o Brasil”, disse.

Após a expulsão, o ministro passou a receber sondagens de outras siglas e estuda eventual nova filiação. Eleito deputado federal pelo União Brasil em 2022, Sabino está licenciado do mandato para comandar a pasta. De acordo com a jurisprudência do Tribunal Superior Eleitoral, a expulsão não resulta em perda do mandato, permitindo que ele migre para outro partido sem prejuízo.

A atuação do Ministério do Turismo em ações relacionadas à COP30 e iniciativas realizadas em Belém, cidade onde Sabino concentra sua base eleitoral, foi um dos pontos citados pelo ministro para justificar sua permanência no governo federal.

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