Um homem de 19 anos e um adolescente de 15 anos foram capturados por agentes do 24º Batalhão da Polícia Militar (BPM), na noite de ontem. Eles são acusados de participação na morte da jovem Ana Gabrielly Silva de Almeida, de 21 anos, que estava no 9º mês de gestação de uma menina.
A jovem foi morta com vários tiros, no sábado (3), por quatro homens armados, usando máscaras e vestidos com uniformes de gari, que invadiram a casa dela, no Bairro da Pratinha, Distrito de Icoaraci, em Belém. Ela faria o parto na segunda, mas foi assassinada junto com o bebê.
O adulto, identificado como José Fernando Pinheiro Cavalcante,19 anos e o menor, H. S. P.,15 anos, foram levados para a Delegacia de Homicídios para prestarem declarações sobre o crime, que causou comoção na cidade devido a brutalidade com que foi cometido.
De acordo com o major Lima Neto, comandante do 24º BPM, diante do fato ocorrido no último sábado em que uma mulher com nove meses de gravidez foi vítima de homicídio no bairro da Pratinha, em que os ferimentos levaram a óbito o seu bebê, foi montada uma operação com intuito de capturar os homens envolvidos no crime para elucidação do fato.
Segundo o major Lima Neto, ao chegar no local em que os indivíduos estavam, em uma área de mata de difícil acesso, alguns deles empreenderam fuga em direção a uma área de mangue, ocorrendo troca de tiros, momento em que os indivíduos citados foram capturados.
Os dois informaram a participação de outros bandidos no crime, os quais foram identificados e serão indiciados pela Delegacia de Homicídios.
A Polícia Civil agora quer esclarecer a motivação do assassinato com tanta crueldade. A jovem morta havia relatado à família que já vinha sofrendo ameaças de morte. Circulam nas redes sociais, por outro lado, que integrantes de uma das facções criminosas que atua no bairro teria ordenado a morte de Ana Gabrielly, mas o crime deveria ter sido praticado depois que ela tivesse o bebê.
O grupo criminoso diz que a precipitação dos assassinos pôs o plano a perder, criou comoção nacional e atraiu para o bairro forte repressão policial, o que prejudica os negócios – venda de drogas e “pedágio” – modalidade de coação em que moradores pagam para os bandidos para não ser assaltados ou importunados por organizações criminosas rivais.
Fonte Ver-o-Fato
