Cantora paraense Márcia Aliverti faz pouco caso da Covid-19 e diz que quer morrer trabalhando
A cantora lírica paraense Márcia Aliverti e também professora de canto e violino na Escola de Música na Universidade Federal do Pará (UFPA) publicou um vídeo no perfil dela no Facebook, na segunda-feira, 12, que pode-se dizer que é, no mínimo, controverso.
Ela diz que quer ter o direito de “morrer trabalhando”
No vídeo, a cantora diz que não quer ficar na casa dela “não tenho pendor de ficar em casa, lambendo móvel, vendo a vida passar”. E assim, ela clama para que algum deputado ou um senador “faça uma lei que me permita morrer trabalhando”.
“Eu ofereço a minha vida pro meu trabalho, pra qualquer atividade. Eu dou a minha vacina. Não me interessa. Eu não tenho medo do vírus [coronavírus], mas eu quero ter o direito de morrer trabalhando”, diz a cantora no vídeo.
Márcia encerra assim o vídeo: “Eu quero morrer pelo Brasil! Tem mais alguém assim por aí?”.
O vídeo foi publicado na Facebook da cantora há um dia e já tem, até esta terça-feira, 13, 49 compartilhamentos e 338 comentários, estes, em sua maioria condenado a fala da cantora.
Veja o vídeo:
O professor Eduardo Wagner comentou assim a postagem de Márcia: “Patético, professora! Na verdade, deprimente a senhora nos colocar na posição de “passadores de panos em móveis”, nós professores da UFPA. Vergonhosa sua fala, sua visão egoísta e cruel. Respeite seus colegas. Todos os professores da UFPA têm trabalhado como nunca antes… Sob pressão psicológica, abalos emocionais e a grande dificuldade em administrar as tensões do ensino remoto. Se não o que fazer em sua vida docente lhe falta apenas trabalhar, pois até onde sei e vejo, a UFPA não parou”.
Outra internauta, Fátima Guedes, escreveu: “Quer dizer que está ganhando sem trabalhar? Até onde sei todo professor está dando aula remota. Se o teu problema é morrer pelo Brasil, entrega teu lugar na UFPA e vai dar uma de doida noutro canto, não faça com que as pessoas acabem por acreditar que na universidade pública tenha cabeça vazia. Esse teu vídeo é um desserviço sem precedentes, partindo de alguém que se diz professora”.
Já Neide Solimões escreveu: “Tem que ceder seu lugar na UTI, também, professora. Quer morrer trabalhando? Trabalhe. Mas não vá sair por aí espalhando vírus para seus colegas e seus alunos. E se quiser morrer, morra, mas não vá ocupar leito no hospital e nem ocupar os trabalhadores de saúde, que já estão muito sobrecarregados”.
Neide escreveu novamente: “Professora, você pode trabalhar até morrer ou morrer trabalhando, tanto faz. Como você é violinista, que tal trabalhar tocando violino nos enterros de quem morre da Covid-19? Pelo menos ajudaria a aliviar a dor dos familiares”.
Idalécio Lopes comentou: “Então, morra! Mas, respeite a Saúde Pública e respeite o meu direito de não ser NEGACIONISTA a ponto de querer morrer contaminado por um vírus que já matou milhares de pessoas no Brasil”.
A cantora e atriz paraense Landa de Mendonça comentou: “Inacreditável Marcia! Eu estou tristíssima com o que acabo de ver. Procure ajuda de profissionais da saúde mental. Urgente! (e remota de preferência, CLARO!) salva tua reputação e a história da tua família, mulher! Apaga essa merda!”