Talvez você não saiba, mas o filme “Titanic”, de 1997, do diretor James Camaron, com o Leonardo DiCaprio e Kate Winslet brilhando na tela, jovens e belos, custou mais que a construção do próprio navio Titanic, construído em 1912.
Isso mesmo, o transatlântico foi construído na época pelo valor de US$ 7,5 milhões, que corrigidos para valores atuais, sairia a US$ 150 milhões. Já o longa, que contou uma história de amor, custou nada mais, nada menos, que US$ 200 milhões. Titanic foi por muito tempo o filme mais caro já produzido no cinema mundial.
Mas qual é a surpresa? Afinal, como todos sabemos “propaganda é a alma do negócio”, não é, o que dizer das fotos de perfil no Tinder?
O governo de Edmilson Rodrigues (PSOL) resolveu seguir esta fórmula ao iniciar a execução do programa de ajuda assistencial, Bora Belém, ou seja, com farta e cara propaganda.
Exibida em um dos horários mais nobres e caros da emissora mais cara, a Globo/TV Liberal, o comercial anuncia “Bora Belém, garantindo uma renda para quem mais precisa”
Curioso, para quem não tinha dinheiro suficiente nem para o pagamento do próprio auxílio, ter, agora, dinheiro para a propaganda.
Aí é que está o pulo do gato, como dizia o tautológico ditado popular “uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa”. Ou seja, o valor atualmente pago, está muito longe do prometido em campanha e do que insinua a bela propaganda da Prefeitura de Belém.
Para quem não se lembra, me deixe recordar. Edmilson só ganhou as eleições para prefeito de Belém, porque anunciou que daria um auxílio de R$ 450,00 para pessoas em situação de vulnerabilidade social.
Já eleito, restringiu substancialmente o alcance de quem poderia receber o auxílio e diminuiu o valor para “até” R$ 450,00.
A Câmara Municipal bem que tentou apresentar emenda para unificar este valor de R$ 450,00 e transformá-lo em fixo, como na propaganda de campanha de Ed/50, mas a maioria da Casa, apoiada pelo próprio prefeito, barrou a mudança.
Na verdade, são bem poucos os que ganham o valor de R$ 450,00 pelo programa Bora Belém, precisando ser mulher, de renda per capita mensal inferior ou igual a R$ 89,00, com 4 filhos ou mais, inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico).
Ora, onde mais as pessoas são tão felizes se não em um comercial de margarina?